“Telefonar pela Internet” e a banda larga
A VoIP (Voice over IP), a Voz sobre IP, ou, dito de outra maneira, o «telefonar pela Internet» – os puristas que me perdoem alguma demissão do rigor técnico-científico –, isto é, o transmitir de sinais das nossas comunicações «telefónicas» suportados na base tecnológica da Internet
(e que os pouco ou nada dados a este tipo de questões, que no entanto influenciam mesmo - acreditem! - o seu dia-a-dia, questões chegando-nos quase sempre por via um pouco «bárbara», como «ciência», como «tecnologia», que esses não desistam logo às primeiras - e então desta vez logo afastados pelo desatinado início por uma tão estranha sigla como é VoIP -, que não desistam de se inteirar destas coisas é um desejo que sempre tenho quando escrevo textos destes - mas há que ter a lucidez de não ter demasiadas ilusões quanto a isso, não é?!), a VoIP, o telefonar pela Internet, dizia, é uma das coqueluches actuais nas áreas das (tele-comunicações) e das tecnologias da informação. A VoIP que deve a sua principal notoriedade à – argumenta-se - possibilidade de contornar a baixos custos as contas telefónicas que se pagam aos operadores de telecomunicações. A VoIP que permite – argumenta-se ainda – neste mundo de novos caixeiros viajantes / nómadas «globalizados», que as comunicações telefónicas destes – em viajem – sejam estabelecidas, e que o seu tráfego se escoe, a partir de qualquer local, a custos baixos. Por outro lado, é considerada – a VoIP – como mais do que um simples sinal importante do processo de «convergência» destes sectores em apreços – é largamente propagandeada como um factor determinante desse mesmo processo.
E que a VoIP está a ser uma coqueluche comunicacional vai-se observando nos media mais ou menos especializados; nas áreas mais ou menos especializadas dos media generalistas; entre os que se dizem ou se acham «entendidos» na matéria. Falta ainda o teste de manifestações sob formas mais ou menos asneirentas por ocasião das prelecções televisivas (ou outras, mas sobretudo destas) de comentadores famosos, como aconteceu, por exemplo, pela mão do Professor que foi da TVI para a RTP, quando, por ocasião da primeira aparição mediática – também numa fase no mínimo imatura dos respectivos negócios – da terceira geração móvel, ao tempo o UMTS, hoje a 3G ou 3g. Ver-se-á. Talvez ainda seja cedo para a VoIP receber tais atenções.
Um rebuçado novo
Mas sabe-se que alguma, algumas coisas têm de estar nas bocas do mundo, têm de ser o hype do momento, e há quem, por ora, tente colocar a VoIP numa posição dessas. Faz parte da natureza comunicacional da nossa época fazê-lo quanto um rebuçado aparece. Contudo, neste caso, a tarefa da comunicação social para erigir a VoIP não é muito simples. Em particular, quando forças de mercado bastante poderosas estão a apontar para que seja a 3G a desempenhar esse papel; ou a banda larga (tanto a concretizada sobre os pares de cobre de acesso à rede telefónica - isto é. o notório ADSL -, quer sobre os acessos de cabo coaxial nas redes de distribuição de TV por cabo) – esta, a banda larga, sim, a constituir-se visivelmente como o produto, o serviço, na actualidade com maior velocidade de difusão na vida comunicacional das sociedades em boa parte do nosso Mundo.
E claro é estar a ser a banda larga – quer na versão ADSL, quer na versão da parceria do acesso à Internet com a TV por cabo – um factor tecnológico de primeira linha na facilitação do avanço da VoIP.
Com efeito, sendo uma chamada telefónica efectuada (e recebida) a partir de uma sessão computador – como era a única situação até não há muito; até há cerca de uma década por parte de quase apenas um número restrito de utentes techies da Internet –, isto é, «incluída» a chamada numa sessão de ligação à Internet, a sessão era, até a disponibilização dos acessos [always on] de banda larga, a ligação era estabelecida (dispondo-se de um computador individual e não de um ligado através de uma rede local de acesso - LAN) via rede telefónica. Este tipo de aplicação da VoIP, contudo, passou a dispor uma qualidade superior (mais aceitável?) quando suportada em banda larga.
Hoje, o campo da VoIP alargou-se. O chamar e o receber de chamadas telefónicas VoIP já não obriga a dispor de computador. Hoje pode conectar-se um telefone VoIP à ligação de banda larga – dispondo eu dela –, ou um conversor VoIP entre o telefone existente e o mesmo acesso de banda larga à Internet.
O mundo do telefone a ser trabalhado do lado da Internet!
(1) ADSL – Assymetrical Digital Subscriber Line
(e que os pouco ou nada dados a este tipo de questões, que no entanto influenciam mesmo - acreditem! - o seu dia-a-dia, questões chegando-nos quase sempre por via um pouco «bárbara», como «ciência», como «tecnologia», que esses não desistam logo às primeiras - e então desta vez logo afastados pelo desatinado início por uma tão estranha sigla como é VoIP -, que não desistam de se inteirar destas coisas é um desejo que sempre tenho quando escrevo textos destes - mas há que ter a lucidez de não ter demasiadas ilusões quanto a isso, não é?!), a VoIP, o telefonar pela Internet, dizia, é uma das coqueluches actuais nas áreas das (tele-comunicações) e das tecnologias da informação. A VoIP que deve a sua principal notoriedade à – argumenta-se - possibilidade de contornar a baixos custos as contas telefónicas que se pagam aos operadores de telecomunicações. A VoIP que permite – argumenta-se ainda – neste mundo de novos caixeiros viajantes / nómadas «globalizados», que as comunicações telefónicas destes – em viajem – sejam estabelecidas, e que o seu tráfego se escoe, a partir de qualquer local, a custos baixos. Por outro lado, é considerada – a VoIP – como mais do que um simples sinal importante do processo de «convergência» destes sectores em apreços – é largamente propagandeada como um factor determinante desse mesmo processo.
E que a VoIP está a ser uma coqueluche comunicacional vai-se observando nos media mais ou menos especializados; nas áreas mais ou menos especializadas dos media generalistas; entre os que se dizem ou se acham «entendidos» na matéria. Falta ainda o teste de manifestações sob formas mais ou menos asneirentas por ocasião das prelecções televisivas (ou outras, mas sobretudo destas) de comentadores famosos, como aconteceu, por exemplo, pela mão do Professor que foi da TVI para a RTP, quando, por ocasião da primeira aparição mediática – também numa fase no mínimo imatura dos respectivos negócios – da terceira geração móvel, ao tempo o UMTS, hoje a 3G ou 3g. Ver-se-á. Talvez ainda seja cedo para a VoIP receber tais atenções.
Um rebuçado novo
Mas sabe-se que alguma, algumas coisas têm de estar nas bocas do mundo, têm de ser o hype do momento, e há quem, por ora, tente colocar a VoIP numa posição dessas. Faz parte da natureza comunicacional da nossa época fazê-lo quanto um rebuçado aparece. Contudo, neste caso, a tarefa da comunicação social para erigir a VoIP não é muito simples. Em particular, quando forças de mercado bastante poderosas estão a apontar para que seja a 3G a desempenhar esse papel; ou a banda larga (tanto a concretizada sobre os pares de cobre de acesso à rede telefónica - isto é. o notório ADSL -, quer sobre os acessos de cabo coaxial nas redes de distribuição de TV por cabo) – esta, a banda larga, sim, a constituir-se visivelmente como o produto, o serviço, na actualidade com maior velocidade de difusão na vida comunicacional das sociedades em boa parte do nosso Mundo.
E claro é estar a ser a banda larga – quer na versão ADSL, quer na versão da parceria do acesso à Internet com a TV por cabo – um factor tecnológico de primeira linha na facilitação do avanço da VoIP.
Com efeito, sendo uma chamada telefónica efectuada (e recebida) a partir de uma sessão computador – como era a única situação até não há muito; até há cerca de uma década por parte de quase apenas um número restrito de utentes techies da Internet –, isto é, «incluída» a chamada numa sessão de ligação à Internet, a sessão era, até a disponibilização dos acessos [always on] de banda larga, a ligação era estabelecida (dispondo-se de um computador individual e não de um ligado através de uma rede local de acesso - LAN) via rede telefónica. Este tipo de aplicação da VoIP, contudo, passou a dispor uma qualidade superior (mais aceitável?) quando suportada em banda larga.
Hoje, o campo da VoIP alargou-se. O chamar e o receber de chamadas telefónicas VoIP já não obriga a dispor de computador. Hoje pode conectar-se um telefone VoIP à ligação de banda larga – dispondo eu dela –, ou um conversor VoIP entre o telefone existente e o mesmo acesso de banda larga à Internet.
O mundo do telefone a ser trabalhado do lado da Internet!
(1) ADSL – Assymetrical Digital Subscriber Line