SIM, É POSSÍVEL

«Um PCP mais forte é a mais só­lida ga­rantia de de­fesa dos in­te­resses dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País»

Mostra a realidade, todos os dias, que o PCP desempenha um papel fundamental na luta pela defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do País – papel fundamental e singular já que, como a mesma realidade evidencia, o PCP é o único grande partido nacional a combater, de facto e em todas as frentes, a política de direita responsável pelos problemas que afligem a imensa maioria dos portugueses; o único, igualmente, a bater-se por uma política de esquerda que inicie a resolução desses problemas.
Neste contexto, o reforço do PCP apresenta-se como questão da maior importância, não apenas para os militantes comunistas, mas para todos os que sofrem na pele as consequências da política de direita que há vinte e nove anos tem vindo a flagelar a imensa maioria dos portugueses: quanto mais forte for o PCP, quanto maior for a sua influência social, eleitoral e política, mais forte e eficaz será a luta contra a política de direita e mais rapidamente se conseguirá implementar uma política de esquerda. Um PCP mais forte é a mais sólida garantia de defesa dos interesses da maioria dos portugueses.
Foi partindo desta realidade e desta necessidade que o XVII Congresso traçou orientações visando o reforço do Partido e que o Comité Central, na sua recente reunião, definiu as linhas de trabalho adequadas à aplicação dessas orientações – num caso e no outro com a participação indispensável do colectivo partidário.

O reforço da expressão social, eleitoral e política do Partido, pressupõe e exige o seu reforço orgânico. Nesse sentido, o Comité Central apontou um conjunto de medidas que, levadas à prática, se traduzirão num aumento de militantes, de militância, de consciência partidária, de organismos activos, de capacidade interventiva – medidas diversificadas, confluindo num mesmo objectivo e de aplicação complementar.
Assim, o objectivo de finalizar a acção nacional de contactos com os membros do Partido – que nos permitirá saber, com rigor, quantos somos, o que somos, onde estamos, qual a disponibilidade militante de cada um – pode e deve ser complementado com outros diversos objectivos, nomeadamente, criar novas organizações de base, aumentar a militância, recolher cotizações em atraso, aumentar a difusão e a leitura do Avante!. Daí a importância da participação activa e empenhada do colectivo partidário nas duas acções especiais de contacto marcadas para os períodos de 4 a 17 de Abril e de 2 a 15 de Maio – as quais poderão constituir, ainda, na linha dessa complementaridade, decisivas formas de intervenção na batalha eleitoral para as autárquicas, batalha de todo o Partido, e no decorrer da qual importa fazer chegar a milhares de homens, mulheres e jovens não comunistas, a superior qualidade e valia do projecto autárquico da CDU.

Questão maior neste esforço de reforço geral do Partido é a que se prende com o reforço da organização e da intervenção dos comunistas junto dos trabalhadores. Como se sabe, é aí – nas empresas e locais de trabalho – que se situa a principal fonte de força do Partido. Em cada empresa há um espaço específico, não ocupável por qualquer outra estrutura de trabalhadores e que só poderá ser preenchido pela célula do Partido da classe operária e de todos os trabalhadores. É a existência e a acção dessa célula que assegura a defesa dos interesses dos trabalhadores, que dá mais força à acção das estruturas representativas dos trabalhadores, nomeadamente à acção sindical, que dá mais força, coesão e unidade à luta dos trabalhadores. Pelo que, a criação de células de empresa onde ainda não existam e o fortalecimento das já existentes, apresenta-se como tarefa crucial e de incontestável prioridade. E, também neste caso, é evidente a complementaridade do conjunto de linhas de trabalho definidas pelo Comité Central: reforçando a organização e a intervenção do partido nas empresas e locais de trabalho, podemos, e devemos, dar resposta a outros objectivos desta acção geral de reforço do Partido, levando a que mais trabalhadores comprem e leiam o Avante!, intensificando o trabalho ideológico, contrapondo à intensa e forte ofensiva ideológica anticomunista, a força e a actualidade do ideal e do projecto comunistas.

Complementando todas estas linhas de trabalho, e naturalmente presente em todas elas, está, igualmente, a campanha de recrutamento visando trazer ao Partido 2500 novos militantes – entre eles jovens trabalhadores e trabalhadoras - aprovada pelo Comité Central e com a qual assinalaremos o 85º aniversário do PCP. É esta, uma acção a levar a cabo em estreita ligação com todas as outras iniciativas visando o reforço do Partido, uma acção a levar a cabo simultaneamente com a acção nacional de contacto, com o reforço da acção e organização nas empresas, com a criação de novas organizações de base, com o desenvolvimento do trabalho unitário, com o reforço do trabalho ideológico – e, obviamente, com a intensificação da luta conta a política de direita e por uma política de esquerda, luta que será tanto mais forte quanto mais forte for o Partido e que é, ela própria, factor de fortalecimento do PCP.
Trata-se de um conjunto de acções e iniciativas que coloca exigências grandes a todas as organizações partidárias: planificação cuidada; mobilização do colectivo partidário para uma intervenção intensa e ampla; controlo atento, e a todos os níveis, de execução das tarefas – e que confirmará que sim, é possível um PCP mais forte.