O PARTIDO
«Este, o nosso, o Partido Comunista Português»
Comemoramos os oitenta e quatro anos de vida do Partido, num momento marcante da sua história de luta – história que é parte maior da história do movimento operário português; da história da resistência ao fascismo e pela liberdade e pela democracia; da história da luta pela construção de uma democracia avançada suportada nos ideais de Abril; da história da resistência à contra-revolução de Abril, contra a política de direita que PS, PSD e CDS-PP têm vindo a praticar ao longo dos últimos vinte e nove anos, e por uma mudança séria na vida política nacional. Momento igualmente marcado, de forma impressiva, pela forte afirmação de confiança que foi o XVII Congresso do Partido e, na sequência dele, o muito positivo resultado obtido nas eleições de 20 de Fevereiro.
O XVII Congresso, como aqui se disse na altura e agora se sublinha, constituiu uma afirmação inequívoca do papel determinante do colectivo partidário e confirmou, igualmente de forma inequívoca, a singularidade do PCP no quadro partidário nacional: um partido vivo, militante e de militantes, adulto, maduro, responsável, garante fiel da memória do seu passado e com os pés assentes no presente e os olhos postos no futuro; um partido que conhece profundamente a realidade nacional e internacional onde vive e intervém; que tem a consciência plena do papel que desempenha na sociedade portuguesa; que conhece com rigor a natureza e a dimensão dos obstáculos que se lhe deparam; que acredita que vale a pena lutar e que luta; que sabe o que quer e o que não quer ser – não por decreto individual ou de grupo, mas por vontade colectiva conscientemente assumida por milhares de homens, mulheres e jovens que, ao longo de sucessivas gerações, persistiram, persistem, persistirão na luta pela concretização do sonho da construção de uma sociedade liberta de todas as formas de opressão e de exploração. Um Congresso que confirmou, luminar, a validade e actualidade do projecto e do ideal comunistas.
Oitenta e quatro mil vezes condenado à morte por decreto, o PCP aqui está, vivo, naturalmente, e como sempre foi e será – neste momento, por efeito dos resultados eleitorais obtidos nas legislativas, mais forte, logo com melhores condições para dar mais força à luta de todos os dias, para se reforçar intensificando essa luta, para intensificar essa luta reforçando-se. Porque é para isso que queremos os votos que obtemos em cada acto eleitoral: para dar mais força à luta, enriquecendo a articulação fundamental entre a luta de massas e a acção dos deputados comunistas na Assembleia da República. E essa articulação assumirá, a curto prazo, múltiplas expressões concretas. Aliás, no respeito pelos compromissos assumidos com os portugueses e as portuguesas, no decorrer da recente campanha eleitoral. Como anuncia o comunicado aprovado na última reunião do Comité Central, o PCP apresentará, na reabertura da Assembleia da República, os projectos de lei destinados à revogação do pacote laboral, ao aumento intercalar das reformas e do salário mínimo nacional, à despenalização do aborto – bem como os projectos de resolução visando, um, a substituição do PEC (Pacto de Estabilidade e Crescimento) por um compromisso que permita uma política de desenvolvimento económico e social do País e de convergência real com a União Europeia; o outro, visando o accionamento da cláusula de salvaguarda no âmbito da liberalização do sector têxtil. Projectos cuja aprovação pela Assembleia da República, se traduziria em inúmeras vantagens para os trabalhadores, para o povo, para o País, projectos que oferecem ao PS a oportunidade soberana de, com o seu voto favorável, dar um primeiro e positivo sinal de compreensão do significado e do sentido real dos votos que obteve nas legislativas.
O XVII Congresso e, na sua sequência, os resultados eleitorais, criaram, também, melhores e mais favoráveis condições para imprimir um novo e mais intenso ritmo na aplicação das orientações traçadas pelo Congresso com vista ao reforço orgânico e interventivo do Partido. Nesse sentido, a campanha de contactos surge-nos como tarefa de primordial importância, a exigir a atenção de todo o colectivo partidário – e a sua concretização plena no período que vai de 7 a 20 de Março seria, para o Partido, uma magnífica prenda de aniversário.
Ainda na linha da preocupação com o reforço do Partido, inserem-se a intensificação do esforço de recrutamento de novos militantes – nomeadamente jovens, homens e mulheres operários e operárias – e o aprofundamento da ligação do Partido às massas trabalhadoras, sua principal fonte de força, com o aprofundamento da acção nas empresas e locais de trabalho.
Tudo isto para além do muito mais exigido pela vida e pela actividade de um partido que tem nos seus objectivos transformadores o seu traço distintivo básico e essencial. Tudo isto só possível num partido de militantes e de militância, de perseverança e de convicções, de reflexão e de luta. Tudo isto confirmando, hoje, em 2005, a justeza da caminhada iniciada em 6 de Março de 1921, o carácter e o significado políticos e revolucionários da sua condição de único partido que resistiu e lutou contra o fascismo do partido único.
Tudo isto garantindo às gerações futuras o que as gerações anteriores garantiram aos comunistas de hoje: um partido sempre com a classe operária, os trabalhadores, o povo, o País; um partido sempre com a democracia, a liberdade, a justiça social, a solidariedade, a paz; um partido, este, o nosso, o Partido Comunista Português.
(Devido a um problema técnico, na última edição do «Avante!» saiu, repetido, o Editorial da semana anterior. Pelo lapso pedimos desculpa aos nossos leitores)
O XVII Congresso, como aqui se disse na altura e agora se sublinha, constituiu uma afirmação inequívoca do papel determinante do colectivo partidário e confirmou, igualmente de forma inequívoca, a singularidade do PCP no quadro partidário nacional: um partido vivo, militante e de militantes, adulto, maduro, responsável, garante fiel da memória do seu passado e com os pés assentes no presente e os olhos postos no futuro; um partido que conhece profundamente a realidade nacional e internacional onde vive e intervém; que tem a consciência plena do papel que desempenha na sociedade portuguesa; que conhece com rigor a natureza e a dimensão dos obstáculos que se lhe deparam; que acredita que vale a pena lutar e que luta; que sabe o que quer e o que não quer ser – não por decreto individual ou de grupo, mas por vontade colectiva conscientemente assumida por milhares de homens, mulheres e jovens que, ao longo de sucessivas gerações, persistiram, persistem, persistirão na luta pela concretização do sonho da construção de uma sociedade liberta de todas as formas de opressão e de exploração. Um Congresso que confirmou, luminar, a validade e actualidade do projecto e do ideal comunistas.
Oitenta e quatro mil vezes condenado à morte por decreto, o PCP aqui está, vivo, naturalmente, e como sempre foi e será – neste momento, por efeito dos resultados eleitorais obtidos nas legislativas, mais forte, logo com melhores condições para dar mais força à luta de todos os dias, para se reforçar intensificando essa luta, para intensificar essa luta reforçando-se. Porque é para isso que queremos os votos que obtemos em cada acto eleitoral: para dar mais força à luta, enriquecendo a articulação fundamental entre a luta de massas e a acção dos deputados comunistas na Assembleia da República. E essa articulação assumirá, a curto prazo, múltiplas expressões concretas. Aliás, no respeito pelos compromissos assumidos com os portugueses e as portuguesas, no decorrer da recente campanha eleitoral. Como anuncia o comunicado aprovado na última reunião do Comité Central, o PCP apresentará, na reabertura da Assembleia da República, os projectos de lei destinados à revogação do pacote laboral, ao aumento intercalar das reformas e do salário mínimo nacional, à despenalização do aborto – bem como os projectos de resolução visando, um, a substituição do PEC (Pacto de Estabilidade e Crescimento) por um compromisso que permita uma política de desenvolvimento económico e social do País e de convergência real com a União Europeia; o outro, visando o accionamento da cláusula de salvaguarda no âmbito da liberalização do sector têxtil. Projectos cuja aprovação pela Assembleia da República, se traduziria em inúmeras vantagens para os trabalhadores, para o povo, para o País, projectos que oferecem ao PS a oportunidade soberana de, com o seu voto favorável, dar um primeiro e positivo sinal de compreensão do significado e do sentido real dos votos que obteve nas legislativas.
O XVII Congresso e, na sua sequência, os resultados eleitorais, criaram, também, melhores e mais favoráveis condições para imprimir um novo e mais intenso ritmo na aplicação das orientações traçadas pelo Congresso com vista ao reforço orgânico e interventivo do Partido. Nesse sentido, a campanha de contactos surge-nos como tarefa de primordial importância, a exigir a atenção de todo o colectivo partidário – e a sua concretização plena no período que vai de 7 a 20 de Março seria, para o Partido, uma magnífica prenda de aniversário.
Ainda na linha da preocupação com o reforço do Partido, inserem-se a intensificação do esforço de recrutamento de novos militantes – nomeadamente jovens, homens e mulheres operários e operárias – e o aprofundamento da ligação do Partido às massas trabalhadoras, sua principal fonte de força, com o aprofundamento da acção nas empresas e locais de trabalho.
Tudo isto para além do muito mais exigido pela vida e pela actividade de um partido que tem nos seus objectivos transformadores o seu traço distintivo básico e essencial. Tudo isto só possível num partido de militantes e de militância, de perseverança e de convicções, de reflexão e de luta. Tudo isto confirmando, hoje, em 2005, a justeza da caminhada iniciada em 6 de Março de 1921, o carácter e o significado políticos e revolucionários da sua condição de único partido que resistiu e lutou contra o fascismo do partido único.
Tudo isto garantindo às gerações futuras o que as gerações anteriores garantiram aos comunistas de hoje: um partido sempre com a classe operária, os trabalhadores, o povo, o País; um partido sempre com a democracia, a liberdade, a justiça social, a solidariedade, a paz; um partido, este, o nosso, o Partido Comunista Português.
(Devido a um problema técnico, na última edição do «Avante!» saiu, repetido, o Editorial da semana anterior. Pelo lapso pedimos desculpa aos nossos leitores)