O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, e o primeiro-ministro israelita, Ariel Sharon, anunciaram anteontem, terça-feira, um cessar-fogo entre palestinianos e israelitas.
O anúncio foi feito após a cimeira dos dois dirigentes em Charm el-Cheikh, no Egipto, realizada sob a égide do presidente egípcio, Hosni Mubarak, e do rei da Jordânia, Abdallah II.
«Fizemos um acordo com o primeiro-ministro Ariel Sharon para cessarem todos os actos de violência entre israelitas e palestinos», declarou Abbas em conferência de imprensa, sublinhando que todos estão conscientes das suas «responsabilidades em avançar com este processo» para alcançar a paz.
De acordo com Abbas, este acordo «é apenas o início de um processo» que inclui questões tão importantes como os colonatos judeus nos territórios ocupados, a libertação de prisioneiros palestinianos e o muro de separação entre Israel e a Cisjordânia.
Ariel Sharon confirmou que ambas as partes se comprometeram a pôr termo às operações militares e actos de violência no Médio Oriente, dizendo esperar que «a partir de hoje comece uma nova era de calma e de esperança».
Este é o décimo cessar-fogo declarado entre palestinianos e israelitas, e foi possível devido a um acordo prévio nesse sentido entre as facções palestinianas, em troca do compromisso israelita de pôr fim às incursões militares e à política de assassínios selectivos na Faixa de Gaza e Cisjordânia.
Estima-se que em quatro anos de Intifada tenham morrido cerca de quatro mil pessoas, dois terços das quais palestinianas.