Administração Pública precisa alternativa

A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública reuniu ontem, em Lisboa, a cimeira das cerca de três dezenas de organizações que a compõem. Durante os trabalhos – como anteontem adiantou Paulo Trindade ao Avante! – estaria em discussão, face ao período pré-eleitoral, um manifesto com as posições sindicais. No documento, referiu o coordenador da Frente Comum, a Administração Pública é vista na perspectiva de uma política alternativa, que se torna necessária para responder às políticas de direita, seguidas pelos sucessivos governos, e às suas consequências para os trabalhadores e para a qualidade dos serviços.
O manifesto fará a reafirmação de reivindicações e princípios contidos na Proposta Reivindicativa para 2005. A Frente Comum deverá apelar ao voto para eleger deputados que defendam os direitos dos trabalhadores e uma Administração Pública de qualidade.

Corte efectivo

«Mais do que maiorias absolutas ou alternâncias que já provaram não desejar resolver os problemas dos trabalhadores, a mudança de que o País precisa passa pela adopção de uma efectiva política de esquerda, consequente e séria, que promova a justiça social, o desenvolvimento e o progresso, respeite os trabalhadores, defenda os serviços públicos, reforce o Poder Local e promova uma efectiva regionalização» – afirma, por seu turno, o Conselho Geral do STAL, que reuniu na semana passada.
Com a participação de cerca de três centenas de dirigentes, delegados e activistas, aquele órgão aprovou uma resolução em que apela «a toda a estrutura sindical, para que promova em torno das eleições de 20 de Fevereiro uma ampla jornada de debate e esclarecimento junto dos trabalhadores» da administração local. Estes, exorta o STAL, devem envolver-se «activamente neste processo eleitoral, transformando-o numa autêntica jornada de luta por uma nova política, pelos salários, pelas carreiras e pelos serviços públicos».
O sindicato quer «um efectivo corte com a política de direita» e lembra que «os problemas do País e dos trabalhadores são o resultado de uma política de cariz neoliberal, levada a cabo ao longo dos últimos anos pelos sucessivos governos PSD, PS e CDS-PP».


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