Gostaria de chamar a vossa atenção, se é que se torna necessário, para a exibição da série Até Amanhã Camaradas, na SIC, nos dias 28 e 29 de Janeiro, em horário nobre, a partir das 21 horas.
Trata-se de um trabalho surpreendente do realizador, do produtor, do argumentista, do criador da música, de mais de uma centena de actores e actrizes e de muitos técnicos, que nos trazem uma adaptação estimulante, representativa e aprofundada do grande romance de Manuel Tiago.
Camaradas, perante esta «série» sentimos ainda mais orgulho em sermos comunistas e, ao mesmo tempo, fortemente responsabilizados face à enorme herança que as gerações de camaradas que combateram o fascismo nos deixaram. Somos, de facto, um Partido diferente desde a sua génese, ligado aos trabalhadores e ao povo português, envolvido em duras lutas de resistência e de afirmação dos valores do trabalho livre e criador, da lealdade e da ética revolucionárias.
A «série» traz-nos outros tempos, de produção e de exploração intensa dos trabalhadores nos campos e nas fábricas. Com sentido histórico e fidelidade aos traços fundamentais da vida naquela época, mostra que, na organização de lutas, na preparação de greves e no quotidiano do Partido, os comunistas foram e são seres humanos capazes de amar e de se apaixonarem intensa e determinadamente pelos valores fundamentais da liberdade e da transformação do país e do mundo.
O rigor, a criatividade, uma excelente direcção televisiva e cinematográfica, os sentimentos de profundo amor ao Partido, a exactidão e a complexidade política e social, que afastam a demagogia e tornam histórica e humana a nossa luta, ali estão, em seis episódios que deixaram, no final da sua projecção prévia a que tive a honra de assistir com muitos camaradas e amigos, uma emoção grande e a alegria expressa por nós e pelos actores, actrizes, técnicos, produtor e realizador presentes, tão felizes por terem construído uma «série» que vai resultar, pela diferença enorme face ao que se passa nas várias televisões deste país, numa produção nacional única e digna, que fundamentalmente nos honra e nos impulsiona para o que de melhor contêm o sonho de alterar a realidade actual do nosso país e a vida entendida a sério e assumida.
Este é apenas um apontamento que aqui deixo, só para dizer que, sexta e sábado próximos, nos vamos sentir melhores, mais fortes e responsabilizados face às frentes e lutas do dia-a-dia e face às batalhas eleitorais em que estamos envolvidos e que se avizinham.