
- Nº 1624 (2005/01/13)
Auditoria à colocação está por conhecer
Há professores por colocar
Trabalhadores
A Fenprof e o Sindicato dos Professores da Região Centro exigem saber os resultados da auditoria e do inquérito ao concurso de colocação de docentes, ainda por conhecer.
Numa carta aberta de dia 29, à ministra da pasta e ao País, a federação sindical critica o carácter confidencial do relatório da Inspecção-Geral de Finanças e a suspensão do prazo para entrega das conclusões da comissão de inquérito.
Segundo o Sindicato da Região Centro, a auditoria realizada pela Inspecção-Geral de Finanças veio revelar que os custos com o erro informático são na ordem dos dois milhões de euros, e a auditoria ainda não foi divulgada na totalidade, denunciou a estrutura em comunicado no da 10.
A mesma estrutura sindical denuncia os custos e as consequências materiais e humanas que resultaram da «incompetência técnica» e da «irresponsabilidade política» do ME, nos concursos para a colocação, e denuncia haver ainda por colocar, 50 professores acompanhados pelo SPRC .
Federação e sindicato coincidem ainda na preocupação com o atraso que se regista nos concursos para o ano 2005/2006. Estes concursos vão decorrer com novas regras introduzidas pela equipa da ministra Maria do Carmo Seabra, que foram aprovadas em conselho de ministros antes da data limite fixada para as negociações, sem que qualquer proposta da Fenprof esteja contemplada nesta segunda revisão de um mesmo diploma de 2003.
Com base nestas exigências, professores do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, deslocaram-se, no dia 6, á porta do Ministério, em Lisboa, para cantar as Janeiras à ministra, e exigir o fim desta catastrófica governação.
Entretanto, o Sindicato da Região Centro afirma estar disponível para recorrer aos tribunais com os cinquenta professores acompanhados por esta estrutura que ainda estão por colocar, e aos quais o Ministério ainda não deu qualquer resposta.
Não aos exames no 9.º ano
O mesmo sindicato veio juntar-se à exigência da Fenprof, da CONFAP, das associações de pais e dos estudantes, para que seja suspensa a realização de exames no 9.º ano.
Em comunicado de dia 29, o mesmo sindicato denunciou a «teimosia do Governo» em avançar com aqueles exames, apesar da condicionante criada com o atraso do início do ano escolar que causou desigualdades entre os estudantes que poderão ter menos mês e meio de aulas, devido aos erros e atrasos na colocação.
A mesma estrutura revela um encontro realizado a 11 de Novembro com o Secretário de Estado da Educação onde, segundo o sindicato, «ficou claro que seria impossível prolongar a duração do ano lectivo no 9.º ano de escolaridade, devido às datas dos exames».