José Socrates, secretário-geral do PS, declarou recentemente que, caso fosse eleito primeiro-ministro, iria retomar o processo de co-incineração. Face a estas declarações, o Movimento Palmela pela Arrábida, em nota enviada ao Avante!, lembrou que a co-incineração de resíduos tóxicos e perigosos é, «segundo reputados cientistas nacionais e estrangeiros», um processo altamente nocivo para o ambiente e para a saúde das pessoas.
«Esta é uma solução ultrapassada e que, sendo injusta para Setúbal, para Palmela, e para a própria região, também não é boa para o País, nem resolve o problema nacional dos lixos tóxicos», afirma o movimento, destacando que «este processo foi enterrado e enterrado deve ficar, no legítimo interesse do futuro da nossa região, em que a actividade turística desempenha um papel económico fundamental. Instalar a co-incineração de resíduos tóxicos e perigosos na Serra da Arrábida, candidata a património mundial da humanidade, é, inequivocamente, uma atitude que revela falta de lucidez e de sentido de Estado».