COM CONFIANÇA
«O caminho da mudança passa pelo reforço da expressão eleitoral da CDU»
Cerca de um mês passado sobre a realização do XVII Congresso do Partido, os militantes comunistas têm à sua frente uma batalha que, pela importância e complexidade de que se reveste, lhes coloca relevantes desafios.
O Congresso, momento maior da vida do Partido, constituiu uma clara e concludente afirmação de consciência política, de classe e partidária, de participação militante na definição das orientações e linhas de acção do Partido e, por tudo isso, traduziu-se numa demonstração de forte confiança por parte do colectivo partidário – confiança no Partido, no seu projecto, na sua capacidade para dar resposta aos problemas e às exigências da situação actual, nas suas potencialidades de reforço orgânico, interventivo e de influência política e social.
Essa confiança constitui o trunfo essencial de que os comunistas dispõem para a sua intervenção nas eleições para a Assembleia da República – porque se trata de uma confiança fundamentada, feita de lucidez, de inteligência e de sensibilidade políticas; porque se trata de uma confiança suportada por objectivos de luta que correspondem aos anseios, aspirações e direitos da imensa maioria dos portugueses; porque se trata de uma confiança que integra a consciência das muitas e grandes dificuldades existentes e, simultaneamente, a disponibilidade militante para superar essas dificuldades e travar o combate eleitoral com a determinação exigida; porque se trata, enfim, de uma confiança onde a vontade dos militantes comunistas é quem mais ordena.
E, assim sendo – e assim é, por muito que isso incomode e desagrade aos anticomunistas de profissão, a todos os que, na situação actual, utilizam os ataques ao PCP como veículo preferencial para a defesa da política de direita, seja ela praticada pelo PSD ou pelo PS – são muitas as razões para acreditarmos que, com uma intervenção massiva e empenhada do colectivo partidário, as possibilidades de a CDU vir a obter um bom resultado nas eleições de 20 de Fevereiro são uma realidade.
Na batalha eleitoral em curso, como no dia a dia da actividade e da luta dos comunistas, não há que esperar facilidades. Bem pelo contrário: o combate diário, constante, persistente, do PCP contra a política de direita e por uma alternativa de esquerda – combate singular no quadro partidário nacional, sublinhe-se – faz dele um alvo preferencial, objecto de múltiplos, diversificados e constantes ataques visando o seu enfraquecimento e, sonho maior e antigo!, a sua liquidação.
Uma leitura minimamente atenta dos escritos da generalidade dos analistas e comentadores políticos com lugar cativo na comunicação social dominante, permite a qualquer leitor observar, em primeiro lugar, uma unanimidade de opiniões no que respeita à defesa e ao apoio da política de direita e, em segundo lugar, uma pluralidade de opiniões no que toca a quem deve aplicar essa política. Ou seja: todos tecendo loas à política que melhor serve os interesses do grande capital, pensam uns que quem melhor a executará é o PSD (com ou sem o CDS-PP atrelado) e pensam outros que é o PS (com ou sem o CDS-PP ou o Bloco de Esquerda atrelados). E é na mesma linha destas apreciações que a generalidade da comunicação social dominante – propriedade do grande capital: não nos cansemos de lembrar esta verdade – trata os diversos partidos políticos, as suas posições, a sua participação na campanha eleitoral. Daí que não constitua qualquer surpresa nem o silenciamento e a menorização a que o PCP é submetido por esses média, nem as simpatias criteriosamente distribuídas por todas as outras forças políticas. Os conceitos vigentes de pluralismo, isenção e respeito democrático – todos filhos da modernidade dominante – a isso obrigam...
Motivo de irritação e de desagrado para esses comentadores e analistas, é a opinião do PCP, quer no que toca aos previsíveis resultados das próximas eleições, quer no que respeita à importância determinante do voto na CDU.
Ora, por muito que isso irrite e desagrade a quem é natural irritar e desagradar, é imperioso insistirmos no óbvio, ou seja: por força de um conjunto de razões (alheias a uma prática democrática sã, à liberdade de informação, ao direito à informação, etc, etc.), tudo indica que o PSD (sozinho ou juntando aos seus os votos do CDS-PP) será derrotado e que, por força dessas mesmas razões, o PS vai ser o partido mais votado. Aliás, esta parece ser uma opinião apenas combatida por uns quantos porta-vozes encartados dos interesses do PS, incumbidos de fazer a propaganda da maioria absoluta que daria ao engenheiro José Sócrates o autoritário quero, posso e mando que ele considera necessário para dar continuidade à política executada pelos governos PSD/CDS-PP, da mesma forma que estes deram continuidade à política dos governos do PS.
Neste quadro, o reforço da votação na CDU apresenta-se como questão essencial: quanto mais votos a CDU obtiver, quanto mais deputados a CDU eleger, quanto mais forte for a CDU, maiores serão as possibilidades de derrotar a política de direita e de impor uma alternativa de esquerda.
O PCP, os militantes comunistas, os activistas da CDU, não aceitam, como fatalidade, o mais do mesmo que as alternâncias mascaradas de alternativas têm vindo a impor aos trabalhadores, ao povo e ao País. É necessário e possível mudar. Mudar a sério. E o caminho dessa mudança passa, necessariamente, pelo reforço da expressão eleitoral da CDU. É essa a nossa batalha. Que iremos travar com empenho, com determinação, com entusiasmo. Com confiança.
O Congresso, momento maior da vida do Partido, constituiu uma clara e concludente afirmação de consciência política, de classe e partidária, de participação militante na definição das orientações e linhas de acção do Partido e, por tudo isso, traduziu-se numa demonstração de forte confiança por parte do colectivo partidário – confiança no Partido, no seu projecto, na sua capacidade para dar resposta aos problemas e às exigências da situação actual, nas suas potencialidades de reforço orgânico, interventivo e de influência política e social.
Essa confiança constitui o trunfo essencial de que os comunistas dispõem para a sua intervenção nas eleições para a Assembleia da República – porque se trata de uma confiança fundamentada, feita de lucidez, de inteligência e de sensibilidade políticas; porque se trata de uma confiança suportada por objectivos de luta que correspondem aos anseios, aspirações e direitos da imensa maioria dos portugueses; porque se trata de uma confiança que integra a consciência das muitas e grandes dificuldades existentes e, simultaneamente, a disponibilidade militante para superar essas dificuldades e travar o combate eleitoral com a determinação exigida; porque se trata, enfim, de uma confiança onde a vontade dos militantes comunistas é quem mais ordena.
E, assim sendo – e assim é, por muito que isso incomode e desagrade aos anticomunistas de profissão, a todos os que, na situação actual, utilizam os ataques ao PCP como veículo preferencial para a defesa da política de direita, seja ela praticada pelo PSD ou pelo PS – são muitas as razões para acreditarmos que, com uma intervenção massiva e empenhada do colectivo partidário, as possibilidades de a CDU vir a obter um bom resultado nas eleições de 20 de Fevereiro são uma realidade.
Na batalha eleitoral em curso, como no dia a dia da actividade e da luta dos comunistas, não há que esperar facilidades. Bem pelo contrário: o combate diário, constante, persistente, do PCP contra a política de direita e por uma alternativa de esquerda – combate singular no quadro partidário nacional, sublinhe-se – faz dele um alvo preferencial, objecto de múltiplos, diversificados e constantes ataques visando o seu enfraquecimento e, sonho maior e antigo!, a sua liquidação.
Uma leitura minimamente atenta dos escritos da generalidade dos analistas e comentadores políticos com lugar cativo na comunicação social dominante, permite a qualquer leitor observar, em primeiro lugar, uma unanimidade de opiniões no que respeita à defesa e ao apoio da política de direita e, em segundo lugar, uma pluralidade de opiniões no que toca a quem deve aplicar essa política. Ou seja: todos tecendo loas à política que melhor serve os interesses do grande capital, pensam uns que quem melhor a executará é o PSD (com ou sem o CDS-PP atrelado) e pensam outros que é o PS (com ou sem o CDS-PP ou o Bloco de Esquerda atrelados). E é na mesma linha destas apreciações que a generalidade da comunicação social dominante – propriedade do grande capital: não nos cansemos de lembrar esta verdade – trata os diversos partidos políticos, as suas posições, a sua participação na campanha eleitoral. Daí que não constitua qualquer surpresa nem o silenciamento e a menorização a que o PCP é submetido por esses média, nem as simpatias criteriosamente distribuídas por todas as outras forças políticas. Os conceitos vigentes de pluralismo, isenção e respeito democrático – todos filhos da modernidade dominante – a isso obrigam...
Motivo de irritação e de desagrado para esses comentadores e analistas, é a opinião do PCP, quer no que toca aos previsíveis resultados das próximas eleições, quer no que respeita à importância determinante do voto na CDU.
Ora, por muito que isso irrite e desagrade a quem é natural irritar e desagradar, é imperioso insistirmos no óbvio, ou seja: por força de um conjunto de razões (alheias a uma prática democrática sã, à liberdade de informação, ao direito à informação, etc, etc.), tudo indica que o PSD (sozinho ou juntando aos seus os votos do CDS-PP) será derrotado e que, por força dessas mesmas razões, o PS vai ser o partido mais votado. Aliás, esta parece ser uma opinião apenas combatida por uns quantos porta-vozes encartados dos interesses do PS, incumbidos de fazer a propaganda da maioria absoluta que daria ao engenheiro José Sócrates o autoritário quero, posso e mando que ele considera necessário para dar continuidade à política executada pelos governos PSD/CDS-PP, da mesma forma que estes deram continuidade à política dos governos do PS.
Neste quadro, o reforço da votação na CDU apresenta-se como questão essencial: quanto mais votos a CDU obtiver, quanto mais deputados a CDU eleger, quanto mais forte for a CDU, maiores serão as possibilidades de derrotar a política de direita e de impor uma alternativa de esquerda.
O PCP, os militantes comunistas, os activistas da CDU, não aceitam, como fatalidade, o mais do mesmo que as alternâncias mascaradas de alternativas têm vindo a impor aos trabalhadores, ao povo e ao País. É necessário e possível mudar. Mudar a sério. E o caminho dessa mudança passa, necessariamente, pelo reforço da expressão eleitoral da CDU. É essa a nossa batalha. Que iremos travar com empenho, com determinação, com entusiasmo. Com confiança.