Pinochet «adoeceu» para escapar à justiça

Tal como já havia feito em ocasiões similares, o ex-ditador chileno, Augusto Pinochet, foi transferido para uma unidade hospitalar de Santiago, capital do Chile, pouco antes de ser obrigado a comparecer em tribunal para responder por dezenas de crimes praticados durante os anos em que usurpou a presidência do país, entre 1973 e 1990.
Os médicos pessoais apontam como causa provável um acidente vascular cerebral, embora não existam certezas a esse respeito ou relacionadas com qualquer outro motivo que obrigasse o internamento.
Em causa estão as acções concertadas entre as ditaduras sul-americanas na década de 70, denominadas como Operação Condor, cujo fim era torturar e eliminar militantes comunistas, progressistas e de esquerda por forma a quebrar a resistência popular nos respectivos países.
Apesar de nunca ter sido presente a tribunal para apurar responsabilidades neste e noutros processos – tais como o desaparecimento de presos políticos, as torturas do seu regime fascista ou as milionárias contas bancárias nos EUA postas a descoberto em investigações recentes – Pinochet já não goza do estatuto de imunidade que anteriormente o deixava fora do alcance da justiça.
Desta forma, os advogados de defesa do ex-ditador têm procurado protelar no tempo os recursos para instâncias superiores no aparelho judicial do Chile ou, quando tal não é possível, remeter a recusa de Pinochet em responder perante os juizes por alegada incapacidade mental ou física.


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