- Nº 1606 (2004/09/9)
Música clássica na abertura do Palco 25 de Abril

Três décadas de liberdade

Festa do Avante!

A música clássica voltou à Festa num espectáculo intitulado «Três décadas de liberdade, três compositores, três pianistas».
Sexta-feira, primeiro dia da Festa do Avante!, houve encontro marcado com a música clássica, este ano assumindo redobrada importância por ser o espectáculo que assinalou a passagem dos 30 anos da Revolução de Abril, momento maior da história do povo português por significar a abertura das portas da liberdade.
Entre a assistência misturavam-se gerações, mesclavam-se estilos e gostos que se cultivam e enriquecem com as experiências de todos e cada um.
Muitos dos que viveram a noite fascista estiveram lá. Presentes, também aqueles que só agora, na Festa, começam a seguir os passos de Abril, formando uma multidão de muitos milhares de homens, mulheres e jovens que festejaram Abril, sentados ao ar livre, na maior sala de espectáculos do País.
Em palco, o maestro Vasco Pearce de Azevedo dirigiu a Orquestra Sinfonietta de Lisboa que, depois de ter aberto o concerto com uma trecho de «As Bodas de Fígaro», de Mozart, acompanhou os solistas Pedro Burmester, Mário Laginha e António Rosado em interpretações de peças de Bach e Haendel.
Nos ecrãs destacaram-se os três pianistas e os membros da orquestra, enquanto a música se espalhava embalando o público para um final apoteótico de cor, som, luz e fogo de artifício.