UMA CERTA MANEIRA DE LUTAR
«Estamos a duas semanas da Festa e há, ainda, muito que fazer»
A duas semanas da realização de mais uma edição da Festa do Avante! – precisamente a 28ª – centenas de militantes e amigos do Partido – homens, mulheres e jovens; operários, empregados, intelectuais – prosseguem, na Quinta da Atalaia, a construção das centenas de pavilhões de que é feita a cidade que nos dias 3, 4 e 5 de Setembro acolherá os muitos milhares de visitantes que ali irão acorrer. Ao mesmo tempo, muitos outros activistas, nas suas casas, nos centros de trabalho do Partido, no próprio recinto da Atalaia, por todo o País, levam por diante a diversificada e complexa tarefa de preparar o recheio desses pavilhões: o artesanato e a gastronomia das respectivas regiões, as exposições políticas abordando os problemas e as lutas dos trabalhadores e das populações – enquanto outros procedem à organização dos espectáculos musicais e de teatro, das provas desportivas, dos debates políticos sobre as grandes questões da situação nacional e internacional, dos comícios de abertura e encerramento da Festa. Muitos outros, ainda, preparam e organizam tudo o que tem a ver com o funcionamento da festa: os fornecimentos necessários, a organização das bilheteiras e das entradas, o posto médico, a segurança, a limpeza – em resumo, tudo o que é indispensável para proporcionar as melhores condições aos visitantes. Outros, finalmente, ocupam-se da divulgação do evento e da venda das EP’s.
São milhares de militantes que, com uma dedicação notável, à custa de muito trabalho e de muito esforço, erguem a maior iniciativa de massas partidária no plano nacional. São, ao fim e ao cabo, os construtores da festa, operários em construção na base de uma muito peculiar prática de intervenção político-partidária, de uma militância consciente e assumida, expressas num imenso esforço colectivo, traduzidas em múltiplas jornadas de trabalho voluntário e evidenciando uma certa maneira de lutar, a maneira de lutar dos militantes comunistas – tudo condições indispensáveis para erguer um projecto com a dimensão da Festa do Avante! e só possíveis de encontrar num partido com as características do PCP.
E é no conteúdo dessa militância e desse esforço que se situam as razões fundamentais que fazem da Festa do Avante!, nos três dias da sua duração, não apenas a maior e mais importante realização político –partidária nacional, a relevante manifestação cultural e artística que é, mas também – e, talvez, essencialmente – um singular espaço de convívio fraterno e solidário culminando o longo e exaltante processo de construção colectiva.
Na realidade, é impossível falar da Festa do Avante! sem sublinhar o facto de ela constituir um exemplo claro dos traços distintivos do PCP em relação aos restantes partidos nacionais. A militância, a participação empenhada e generosa, a disponibilidade interventiva manifestadas pelos militantes comunistas no processo de construção da Festa não são atributos caídos do céu por efeito de qualquer milagre, antes decorrem de uma concreta opção política e de classe, expressa igualmente no dia a dia da vida e da intervenção do Partido, da sua luta na defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do País. Com efeito, no processo de construção e realização da Festa estão bem visíveis características específicas do PCP, do seu projecto, dos seus ideais, do seu funcionamento, da sua prática. Ou seja: a Festa do Avante! é o que é porque é a festa do partido da classe operária e de todos os trabalhadores; do partido da democracia, da liberdade, do socialismo e do comunismo; do partido portador de um projecto de sociedade liberta de todas as formas de opressão e de exploração – e é tudo isso, é todo esse vasto conjunto de valores, que faz da Quinta da Atalaia, durante três dias, todos os anos, um espaço único de convívio, de fraternidade, de solidariedade, de amizade e camaradagem.
Há quem não goste que as coisas sejam assim e muito desejaria, e tudo tem feito e tudo continuará a fazer, para que elas sejam o contrário do que são. Percebe-se que a existência e a acção de um partido diferente desagrade aos partidos que são todos iguais. Percebe-se, até, que esse desagrado, vindo de quem vem, assuma expressões muitas vezes profundamente antidemocráticas e tendo como alvo essa diferença e as iniciativas dela decorrentes. De facto, o desagrado anticomunista traduz-se num desavergonhado e despudorado vale-tudo; e no que respeita à Festa do Avante!, é conhecida a intensa e multifacetada ofensiva de que ela tem sido objecto – desde o recurso ao terrorismo bombista, na primeira festa, em 1976, até aos falsos pretextos inventados, primeiro no Vale do Jamor, depois no Alto da Ajuda, para a inviabilizar. Esta ofensiva contra o PCP e contra essa materialização concreta dos seus valores e ideais que é a Festa do Avante!, assumiu recentemente expressão preocupante com a aprovação, pelos deputados dos partidos da política de direita (PS, PSD e CDS-PP) de duas leis – a dos partidos e a do seu financiamento – ambas profundamente antidemocráticas; ambas trazendo à memória o regime fascista derrubado com o 25 de Abril; ambas, por tudo isso, democraticamente inaceitáveis. Uma dessas leis visa cirurgicamente a Festa do Avante!; a outra pretende que, em matéria de funcionamento interno, o Partido Comunista Português deixe de reger-se pela vontade dos militantes comunistas e passe a reger-se pela vontade dos partidos seus adversários e inimigos...
Mas estamos a duas semanas da Festa. E há, ainda, muito que fazer!
São milhares de militantes que, com uma dedicação notável, à custa de muito trabalho e de muito esforço, erguem a maior iniciativa de massas partidária no plano nacional. São, ao fim e ao cabo, os construtores da festa, operários em construção na base de uma muito peculiar prática de intervenção político-partidária, de uma militância consciente e assumida, expressas num imenso esforço colectivo, traduzidas em múltiplas jornadas de trabalho voluntário e evidenciando uma certa maneira de lutar, a maneira de lutar dos militantes comunistas – tudo condições indispensáveis para erguer um projecto com a dimensão da Festa do Avante! e só possíveis de encontrar num partido com as características do PCP.
E é no conteúdo dessa militância e desse esforço que se situam as razões fundamentais que fazem da Festa do Avante!, nos três dias da sua duração, não apenas a maior e mais importante realização político –partidária nacional, a relevante manifestação cultural e artística que é, mas também – e, talvez, essencialmente – um singular espaço de convívio fraterno e solidário culminando o longo e exaltante processo de construção colectiva.
Na realidade, é impossível falar da Festa do Avante! sem sublinhar o facto de ela constituir um exemplo claro dos traços distintivos do PCP em relação aos restantes partidos nacionais. A militância, a participação empenhada e generosa, a disponibilidade interventiva manifestadas pelos militantes comunistas no processo de construção da Festa não são atributos caídos do céu por efeito de qualquer milagre, antes decorrem de uma concreta opção política e de classe, expressa igualmente no dia a dia da vida e da intervenção do Partido, da sua luta na defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo e do País. Com efeito, no processo de construção e realização da Festa estão bem visíveis características específicas do PCP, do seu projecto, dos seus ideais, do seu funcionamento, da sua prática. Ou seja: a Festa do Avante! é o que é porque é a festa do partido da classe operária e de todos os trabalhadores; do partido da democracia, da liberdade, do socialismo e do comunismo; do partido portador de um projecto de sociedade liberta de todas as formas de opressão e de exploração – e é tudo isso, é todo esse vasto conjunto de valores, que faz da Quinta da Atalaia, durante três dias, todos os anos, um espaço único de convívio, de fraternidade, de solidariedade, de amizade e camaradagem.
Há quem não goste que as coisas sejam assim e muito desejaria, e tudo tem feito e tudo continuará a fazer, para que elas sejam o contrário do que são. Percebe-se que a existência e a acção de um partido diferente desagrade aos partidos que são todos iguais. Percebe-se, até, que esse desagrado, vindo de quem vem, assuma expressões muitas vezes profundamente antidemocráticas e tendo como alvo essa diferença e as iniciativas dela decorrentes. De facto, o desagrado anticomunista traduz-se num desavergonhado e despudorado vale-tudo; e no que respeita à Festa do Avante!, é conhecida a intensa e multifacetada ofensiva de que ela tem sido objecto – desde o recurso ao terrorismo bombista, na primeira festa, em 1976, até aos falsos pretextos inventados, primeiro no Vale do Jamor, depois no Alto da Ajuda, para a inviabilizar. Esta ofensiva contra o PCP e contra essa materialização concreta dos seus valores e ideais que é a Festa do Avante!, assumiu recentemente expressão preocupante com a aprovação, pelos deputados dos partidos da política de direita (PS, PSD e CDS-PP) de duas leis – a dos partidos e a do seu financiamento – ambas profundamente antidemocráticas; ambas trazendo à memória o regime fascista derrubado com o 25 de Abril; ambas, por tudo isso, democraticamente inaceitáveis. Uma dessas leis visa cirurgicamente a Festa do Avante!; a outra pretende que, em matéria de funcionamento interno, o Partido Comunista Português deixe de reger-se pela vontade dos militantes comunistas e passe a reger-se pela vontade dos partidos seus adversários e inimigos...
Mas estamos a duas semanas da Festa. E há, ainda, muito que fazer!