Superior em greve a 22 de Maio
Os estudantes do ensino superior marcaram uma greve para 22 de Maio contra o pacote de medidas anunciado para o sector pelo Governo.
Será lançado um abaixo-assinado pela demissão de Pedro Lynce
Os protestos não se ficam por aqui. Os dirigentes associativos reunidos no Encontro Nacional de Direcções Associativas (ENDA) decidiram «politizar as Queimas das Fitas», lançar um abaixo-assinado pedindo a demissão do ministro da Ciência e do Ensino Superior, Pedro Lynce, e convidá-lo para participar num debate com representantes dos estudantes.
O presidente da Associação Académica de Lisboa disse à Lusa que, na reunião, foi feito um grande apelo à união de todo o movimento associativo «para combater políticas retrógradas que em nada beneficiam os estudantes e o País». «Este é um momento único para a união. Consideramos que não há mais tempo a perder», acrescentou Miguel Teixeira.
Por seu lado, o presidente da Federação Académica do Porto, Nuno Mendes, considerou o novo regime de propinas «maquiavélico».
Entretanto, o ministro Pedro Lynce afirmou que não cederá sobre o novo regime de propinas, independentemente da posição dos reitores e dos protestos dos estudantes. «Pressões dessa natureza não me vão levar a alterar o que é mais justo para Portugal», declarou no Porto, na semana passada.
Protestos simbólicos
Mais de 250 estudantes viajaram de Coimbra para Lisboa, no dia 30, para participar num cortejo de archotes contra as alterações ao sistema público do ensino superior. Promovido pela Associação Académica de Coimbra, este protesto ligou as instalações da antiga FIL, em Alcântara, ao Palácio de Belém, associando a iniciativa ao episódio da «Tomada da Bastilha», quando os estudantes de Coimbra ocuparam o antigo Colégio dos Lentes, revoltados com as condições das instalações da AAC.
«Foi um acto simbólico que encontrámos para vincar uma posição. Serviu como um apelo ao Presidente da República para que tome posição sobre o que se está a passar no ensino superior, onde consideramos que estão a ser dados passos atrás», afirmou Vítor Hugo Salgado, presidente da academia, à Lusa.
Classificando as medidas do Governo como uma «atrocidade», o dirigente associativo anunciou que irá pedir uma audiência ao Presidente da República.
Este protesto simbólico foi aprovado em Assembleia Magna na academia coimbrã, bem como o pedido de reuniões com os grupos parlamentares para os informar sobre «os problemas que se levantam nesta reforma e a indignação da Academia de Coimbra».
Também aprovada na reunião foi a decisão de atrasar cinco minutos a Serenata Monumental, no início da Queima das Fitas. «Deixem-se de fitas, não queimem a educação» é o lema das tradicionais festividades estudantis este ano.
Foi ainda decidido incluir no início do Cortejo dos Quartanistas um carro contestando a política do ensino superior, o lançamento de cinco mil balões m palavras de ordem contra o aumento das propinas durante os concertos da Queima das Fitas, a colocação de vinte balões gigantes no espaço das «Noites do Parque» e a utilização dos écrans de vídeo para passagem de spots de protesto.
O pacote legislativo recentemente apresentado pelo Governo prevê o aumento das propinas para um valor anual que pode atingir os 770 euros, a penalização dos estudantes que não obtenham aproveitamento em pelo menos 50 por cento das cadeiras, a selecção dos novos alunos do ensino superior pelas próprias instituições e a reduzição do peso dos estudantes nos órgãos de gestão das universidades.
O presidente da Associação Académica de Lisboa disse à Lusa que, na reunião, foi feito um grande apelo à união de todo o movimento associativo «para combater políticas retrógradas que em nada beneficiam os estudantes e o País». «Este é um momento único para a união. Consideramos que não há mais tempo a perder», acrescentou Miguel Teixeira.
Por seu lado, o presidente da Federação Académica do Porto, Nuno Mendes, considerou o novo regime de propinas «maquiavélico».
Entretanto, o ministro Pedro Lynce afirmou que não cederá sobre o novo regime de propinas, independentemente da posição dos reitores e dos protestos dos estudantes. «Pressões dessa natureza não me vão levar a alterar o que é mais justo para Portugal», declarou no Porto, na semana passada.
Protestos simbólicos
Mais de 250 estudantes viajaram de Coimbra para Lisboa, no dia 30, para participar num cortejo de archotes contra as alterações ao sistema público do ensino superior. Promovido pela Associação Académica de Coimbra, este protesto ligou as instalações da antiga FIL, em Alcântara, ao Palácio de Belém, associando a iniciativa ao episódio da «Tomada da Bastilha», quando os estudantes de Coimbra ocuparam o antigo Colégio dos Lentes, revoltados com as condições das instalações da AAC.
«Foi um acto simbólico que encontrámos para vincar uma posição. Serviu como um apelo ao Presidente da República para que tome posição sobre o que se está a passar no ensino superior, onde consideramos que estão a ser dados passos atrás», afirmou Vítor Hugo Salgado, presidente da academia, à Lusa.
Classificando as medidas do Governo como uma «atrocidade», o dirigente associativo anunciou que irá pedir uma audiência ao Presidente da República.
Este protesto simbólico foi aprovado em Assembleia Magna na academia coimbrã, bem como o pedido de reuniões com os grupos parlamentares para os informar sobre «os problemas que se levantam nesta reforma e a indignação da Academia de Coimbra».
Também aprovada na reunião foi a decisão de atrasar cinco minutos a Serenata Monumental, no início da Queima das Fitas. «Deixem-se de fitas, não queimem a educação» é o lema das tradicionais festividades estudantis este ano.
Foi ainda decidido incluir no início do Cortejo dos Quartanistas um carro contestando a política do ensino superior, o lançamento de cinco mil balões m palavras de ordem contra o aumento das propinas durante os concertos da Queima das Fitas, a colocação de vinte balões gigantes no espaço das «Noites do Parque» e a utilização dos écrans de vídeo para passagem de spots de protesto.
O pacote legislativo recentemente apresentado pelo Governo prevê o aumento das propinas para um valor anual que pode atingir os 770 euros, a penalização dos estudantes que não obtenham aproveitamento em pelo menos 50 por cento das cadeiras, a selecção dos novos alunos do ensino superior pelas próprias instituições e a reduzição do peso dos estudantes nos órgãos de gestão das universidades.