Agrava-se a situação social no distrito do Porto. Esta é a opinião da DORP do PCP que, em conferência de imprensa, denunciou o sucessão a um «ritmo preocupante» de encerramentos e deslocalizações de empresas, bem como de despedimentos de trabalhadores. A Valeo, a Garmic e a Narfil encerraram, e a ameaça de despedimentos paira sobre a Lactogal e na Gabor da Trofa. Para o PCP, são exemplos mais recentes de uma tendência que tem «contornos particularmente alarmantes na sub-região do Baixo Ave». Os comunistas acusam o Governo de ignorar que já há muito que os desempregados no distrito ultrapassam os 100 mil e de promover políticas que apenas mantêm e agravam a situação. A DORP está apreensiva com a situação dos 14 mil trabalhadores das escolas com contrato administrativo de provimento, dos quais 9 mil acabam o contrato em Agosto deste ano. «Desresponsabilizando-se de todos os compromissos anteriores de integração no quadro, o Governo pretende agora impor o contrato individual de trabalho, com contrato, remetendo todos estes 9 mil trabalhadores para a chaga da precariedade», acusa a DORP do PCP.