O GRANDE EMBUSTE
«Os EUA apoiaram o fascismo até ao seu último dia e combateram a revolução de Abril desde o seu primeiro dia»
A imagem dos EUA como «campeões da liberdade e dos direitos humanos» e como edificadores «do modelo mais avançado de democracia de sempre», constitui o maior e o mais trágico embuste da História. A repetição multiplicada e sistemática dessa imagem – nomeadamente através de uma vasta rede de propagandistas disfarçados de comentadores independentes e com lugar cativo na imensa maioria dos média – tem vindo a impô-la como verdade universal, com dramáticas consequências para milhões de seres humanos. Essa ofensiva propagandística visa dois objectivos essenciais: com a sublimação democrática do referido «modelo», abrir caminho à sua exportação para todo o Planeta e, através da opinião publicada, criar uma opinião pública receptiva às práticas criminosas a que o imperialismo norte-americano recorre para impor o seu «modelo» – leia-se: o seu domínio – à escala planetária. Sobre a validade democrática do «modelo» e dos seus dois pilares básicos – o multipartidarismo e o sufrágio universal – basta dizer que, no país seu progenitor, o primeiro não passa, de facto, de um mal disfarçado unipartidarismo bicéfalo e que o segundo está transformado numa monumental e despudorada farsa – veja-se o índice de abstenção, a burla que levou Bush ao Poder, etc. Acresce que, no «país mais democrático do mundo», o conteúdo representativo da democracia é propriedade exclusiva do grande capital. Quanto ao seu conteúdo participativo, está de tal forma fora de causa e é de tal forma subversivo que quem ouse referir-se-lhe corre o risco de ser considerado um perigoso terrorista.
No que respeita à utilização da força bruta como argumento democrático para justificar a destruição, a morte, o terror, o horror,
há que dizer que a acção dos propagandistas do Império se revela cada vez menos eficaz. E a verdade é que, nos últimos tempos – apesar da acção do afinado coro que, nos diversos média, traduz os folhetos de propaganda do governo dos EUA e debita o seu conteúdo como se de ideias próprias se tratasse - milhões de pessoas, em todo o mundo (incluindo nos EUA), têm trazido às ruas o seu protesto contra a invasão e ocupação do Iraque, exigindo a paz, denunciando as mentiras de Bush e dos seus blair,s e os crimes de que são responsáveis, desmascarando os objectivos reais que se escondem por detrás do pretenso «combate ao terrorismo».
Num momento em que, no Iraque, se vive «a situação mais grave de sempre», se travam «os mais violentos combates desde o início da guerra» e o número de mortos divulgado atinge dimensões trágicas, vale a pena relembrar, uma vez mais, as razões invocadas pelos invasores e ocupantes para desencadearem a guerra. Vale a pena lembrar-lhes todos os dias a mãe de todas as razões por eles apresentada com selo de garantia de verdade: a existência no Iraque de armas de destruição maciça prontas a ser utilizadas, em acções terroristas, contra a democracia ocidental – mentira óbvia, desde logo, para qualquer cidadão medianamente informado e na qual apenas acreditou quem quis acreditar ou quem de acreditar e difundir tais patranhas faz profissão. Vale a pena, igualmente, sublinhar todos os dias que essas razões e as práticas que têm vindo a ser utilizadas, são exemplares do conceito de democracia dos invasores e ocupantes do Iraque, os quais, ao mesmo tempo que procedem a bárbaros massacres vitimando milhares de inocentes, se dedicam à democrática tarefa de elaborar a constituição do país ocupado... Tudo, como todos os dias nos é dito pelos propagandistas de serviço, visando «a construção de um Iraque livre e democrático», matéria na qual os EUA são peritos – se não veja-se o papel que, ao longo da história, desempenharam apoiando todos os regimes fascistas, derrubando governos eleitos pelos povos e substituindo-os por cruéis ditaduras. Não vamos mais longe: neste mês em que celebramos o 30.º aniversário do 25 de Abril, lembremos a quem quer silenciar o facto que, em Portugal, os democráticos EUA apoiaram o regime fascista até ao seu último dia de vida e combateram a revolução de Abril desde o seu primeiro dia de vida.
No que respeita à utilização da força bruta como argumento democrático para justificar a destruição, a morte, o terror, o horror,
há que dizer que a acção dos propagandistas do Império se revela cada vez menos eficaz. E a verdade é que, nos últimos tempos – apesar da acção do afinado coro que, nos diversos média, traduz os folhetos de propaganda do governo dos EUA e debita o seu conteúdo como se de ideias próprias se tratasse - milhões de pessoas, em todo o mundo (incluindo nos EUA), têm trazido às ruas o seu protesto contra a invasão e ocupação do Iraque, exigindo a paz, denunciando as mentiras de Bush e dos seus blair,s e os crimes de que são responsáveis, desmascarando os objectivos reais que se escondem por detrás do pretenso «combate ao terrorismo».
Num momento em que, no Iraque, se vive «a situação mais grave de sempre», se travam «os mais violentos combates desde o início da guerra» e o número de mortos divulgado atinge dimensões trágicas, vale a pena relembrar, uma vez mais, as razões invocadas pelos invasores e ocupantes para desencadearem a guerra. Vale a pena lembrar-lhes todos os dias a mãe de todas as razões por eles apresentada com selo de garantia de verdade: a existência no Iraque de armas de destruição maciça prontas a ser utilizadas, em acções terroristas, contra a democracia ocidental – mentira óbvia, desde logo, para qualquer cidadão medianamente informado e na qual apenas acreditou quem quis acreditar ou quem de acreditar e difundir tais patranhas faz profissão. Vale a pena, igualmente, sublinhar todos os dias que essas razões e as práticas que têm vindo a ser utilizadas, são exemplares do conceito de democracia dos invasores e ocupantes do Iraque, os quais, ao mesmo tempo que procedem a bárbaros massacres vitimando milhares de inocentes, se dedicam à democrática tarefa de elaborar a constituição do país ocupado... Tudo, como todos os dias nos é dito pelos propagandistas de serviço, visando «a construção de um Iraque livre e democrático», matéria na qual os EUA são peritos – se não veja-se o papel que, ao longo da história, desempenharam apoiando todos os regimes fascistas, derrubando governos eleitos pelos povos e substituindo-os por cruéis ditaduras. Não vamos mais longe: neste mês em que celebramos o 30.º aniversário do 25 de Abril, lembremos a quem quer silenciar o facto que, em Portugal, os democráticos EUA apoiaram o regime fascista até ao seu último dia de vida e combateram a revolução de Abril desde o seu primeiro dia de vida.