O GRANDE DESAFIO
«Com a invasão do Iraque, os EUA deram um passo em frente no seu objectivo de domínio do Mundo»
O atentado terrorista de 11 de Setembro de 2001 – essa cada vez mais misteriosa ocorrência, esse acto de tão minuciosa cirurgia que dir-se-ia executado à exacta medida dos interesses estratégicos do imperialismo norte-americano - foi o sinal para o Império desencadear a desejada brutal e poderosa ofensiva que, democraticamente legitimada com o pretexto do combate ao terrorismo, serve às mil maravilhas os objectivos expansionistas e dominadores do imperialismo norte-americano.
Logo no dia a seguir ao atentado, o mundo ficou a saber que os EUA perseguiriam os terroristas em todos os cantos e recantos do Planeta e que poriam fim «aos regimes que os financiam». Paralelamente a esta informação de decisões, o Império, pela voz do seu presidente – que, recorde-se, o é por vontade de uma pequeníssima minoria dos norte-americanos e, mesmo assim, graças a uma fraude monumental e a um sistema eleitoral que exclui o candidato mais votado e dá a vitória ao que obteve menos votos – estabeleceu um conceito de terrorista cujo conteúdo fascizante é óbvio: terrorista, segundo Bush, é todo aquele que contesta o sistema capitalista. Definido o conceito de terrorista pelo país que é berço e escola madre do terrorismo de Estado internacional, ficaram criadas as condições para os EUA fazerem o que muito bem entendessem nessa matéria. A máquina de guerra imperial pôs-se em movimento. Alegadamente à caça do terrorista-mor Ben Laden; de facto pensando essencialmente em ocupar o Afeganistão. De Ben Laden não mais se ouviu falar e, ao que parece, ninguém mais lhe ligou importância, não sendo de excluir que os negócios do terrorista com a família Bush prossigam para benefício comum. Entretanto, o Presidente dos EUA e os seus capangas vão lembrando sempre a sua intenção de «pôr fim» a todos os regimes «que financiam o terrorismo».
Ao Afeganistão seguiu-se o Iraque. Neste caso, em matéria de afrontamento da legalidade, dos direitos humanos, dos princípios democráticos, pode dizer-se que o Império se superou a si próprio. O Iraque foi invadido, bombardeado, massacrado, ocupado, numa operação que provocou muitos milhares de vítimas inocentes e a destruição do país, nomeadamente de património cultural que era pertença de toda a humanidade; numa operação que ficará na História como um acto maior de terror, de horror, de barbárie. Nas memórias de milhões de pessoas perdurarão por muito tempo as imagens da bestialidade: as bombas caindo sobre bairros residenciais, escolas, mercados, hospitais e destruindo e matando; os tanques do Império, brutais e boçais, arrombando portas, entrando em palácios vazios e deixando atrás de si expressões concretas de vandalismo talvez únicas na História; milhares de homens e mulheres feridos e mortos ou sofrendo com a morte dos seus familiares, dos seus amigos; milhares de crianças esfaceladas, destroçadas (ninguém poderá esquecer aquele garoto cuja casa foi atingida por um míssil que lhe matou toda a família e o deixou à beira da morte e que, com ambos os braços amputados, chorava: «É assim que querem libertar-nos?, matando-nos?. Tenho uma dor mais pesada do que uma montanha. Não sei como irei viver com esta dor»). E tudo isto justificado ou ocultado com um rol de argumentos e manobras, com uma tal carga de hipocrisia e perversidade que constituem um atentado à inteligência humana e só têm paralelo nas práticas das hordas nazis. E, em matéria de horror e de terror, é bem possível que ainda desconheçamos o pior; que um dia destes venhamos a saber mais verdades sobre o que se passou no Iraque, nomeadamente em Bagdade depois da entrada das tropas norte-americanas na capital.
Com a invasão e ocupação do Iraque, os EUA deram um passo em frente no seu objectivo de domínio do Mundo, apropriaram-se das riquíssimas reservas iraquianas de petróleo e ocuparam posições geo-estratégicas fundamentais na região. E é óbvio que têm planos para o futuro imediato. A arrogância, a insolência, a ameaça do discurso oficial do Império subiram de tom nos últimos dias e assumem contornos cada vez mais fascizantes. Quando Bush diz que «os EUA acreditam que há armas químicas na Síria»; quando um militar qualquer informa que as armas de destruição maciça não foram encontradas no Iraque porque, entretanto, «terão sido levadas para a Síria»; quando um qualquer embaixador dos EUA aconselha Fidel Castro a «tirar lições do destino do Iraque»; quando se reacende, por pressão do Império, a ofensiva contra a Venezuela; quando o Secretário Adjunto da Defesa dos EUA avisa que o seu país vai levar por diante «uma política sem contemplações com os regimes que não estão dispostos a evoluir, isto é, a democratizarem-se e a abandonarem as estratégias de destabilização regional ou de hostilização aos interesses fundamentais dos EUA»; quando o mesmo indivíduo, com igual arrogância e insolência, ameaça que «A França tem que pagar um preço pela sua oposição à acção militar anglo-americana no Iraque» - quando tudo isto é dito, estamos perante uma muito grave ameaça ao futuro da Humanidade, uma ameaça que, insista-se, só tem paralelo na ameaça expansionista do nazismo. E que, por isso mesmo, coloca a todos os democratas, a todos os homens, mulheres e jovens de esquerda, um grande desafio: o desafio de saberem estar à altura das suas responsabilidades, de saberem unir forças e esforços, vontades e coragens, na luta contra aquele que, como dizia o Che, «é o inimigo número um da Humanidade: o imperialismo norte-americano».
Logo no dia a seguir ao atentado, o mundo ficou a saber que os EUA perseguiriam os terroristas em todos os cantos e recantos do Planeta e que poriam fim «aos regimes que os financiam». Paralelamente a esta informação de decisões, o Império, pela voz do seu presidente – que, recorde-se, o é por vontade de uma pequeníssima minoria dos norte-americanos e, mesmo assim, graças a uma fraude monumental e a um sistema eleitoral que exclui o candidato mais votado e dá a vitória ao que obteve menos votos – estabeleceu um conceito de terrorista cujo conteúdo fascizante é óbvio: terrorista, segundo Bush, é todo aquele que contesta o sistema capitalista. Definido o conceito de terrorista pelo país que é berço e escola madre do terrorismo de Estado internacional, ficaram criadas as condições para os EUA fazerem o que muito bem entendessem nessa matéria. A máquina de guerra imperial pôs-se em movimento. Alegadamente à caça do terrorista-mor Ben Laden; de facto pensando essencialmente em ocupar o Afeganistão. De Ben Laden não mais se ouviu falar e, ao que parece, ninguém mais lhe ligou importância, não sendo de excluir que os negócios do terrorista com a família Bush prossigam para benefício comum. Entretanto, o Presidente dos EUA e os seus capangas vão lembrando sempre a sua intenção de «pôr fim» a todos os regimes «que financiam o terrorismo».
Ao Afeganistão seguiu-se o Iraque. Neste caso, em matéria de afrontamento da legalidade, dos direitos humanos, dos princípios democráticos, pode dizer-se que o Império se superou a si próprio. O Iraque foi invadido, bombardeado, massacrado, ocupado, numa operação que provocou muitos milhares de vítimas inocentes e a destruição do país, nomeadamente de património cultural que era pertença de toda a humanidade; numa operação que ficará na História como um acto maior de terror, de horror, de barbárie. Nas memórias de milhões de pessoas perdurarão por muito tempo as imagens da bestialidade: as bombas caindo sobre bairros residenciais, escolas, mercados, hospitais e destruindo e matando; os tanques do Império, brutais e boçais, arrombando portas, entrando em palácios vazios e deixando atrás de si expressões concretas de vandalismo talvez únicas na História; milhares de homens e mulheres feridos e mortos ou sofrendo com a morte dos seus familiares, dos seus amigos; milhares de crianças esfaceladas, destroçadas (ninguém poderá esquecer aquele garoto cuja casa foi atingida por um míssil que lhe matou toda a família e o deixou à beira da morte e que, com ambos os braços amputados, chorava: «É assim que querem libertar-nos?, matando-nos?. Tenho uma dor mais pesada do que uma montanha. Não sei como irei viver com esta dor»). E tudo isto justificado ou ocultado com um rol de argumentos e manobras, com uma tal carga de hipocrisia e perversidade que constituem um atentado à inteligência humana e só têm paralelo nas práticas das hordas nazis. E, em matéria de horror e de terror, é bem possível que ainda desconheçamos o pior; que um dia destes venhamos a saber mais verdades sobre o que se passou no Iraque, nomeadamente em Bagdade depois da entrada das tropas norte-americanas na capital.
Com a invasão e ocupação do Iraque, os EUA deram um passo em frente no seu objectivo de domínio do Mundo, apropriaram-se das riquíssimas reservas iraquianas de petróleo e ocuparam posições geo-estratégicas fundamentais na região. E é óbvio que têm planos para o futuro imediato. A arrogância, a insolência, a ameaça do discurso oficial do Império subiram de tom nos últimos dias e assumem contornos cada vez mais fascizantes. Quando Bush diz que «os EUA acreditam que há armas químicas na Síria»; quando um militar qualquer informa que as armas de destruição maciça não foram encontradas no Iraque porque, entretanto, «terão sido levadas para a Síria»; quando um qualquer embaixador dos EUA aconselha Fidel Castro a «tirar lições do destino do Iraque»; quando se reacende, por pressão do Império, a ofensiva contra a Venezuela; quando o Secretário Adjunto da Defesa dos EUA avisa que o seu país vai levar por diante «uma política sem contemplações com os regimes que não estão dispostos a evoluir, isto é, a democratizarem-se e a abandonarem as estratégias de destabilização regional ou de hostilização aos interesses fundamentais dos EUA»; quando o mesmo indivíduo, com igual arrogância e insolência, ameaça que «A França tem que pagar um preço pela sua oposição à acção militar anglo-americana no Iraque» - quando tudo isto é dito, estamos perante uma muito grave ameaça ao futuro da Humanidade, uma ameaça que, insista-se, só tem paralelo na ameaça expansionista do nazismo. E que, por isso mesmo, coloca a todos os democratas, a todos os homens, mulheres e jovens de esquerda, um grande desafio: o desafio de saberem estar à altura das suas responsabilidades, de saberem unir forças e esforços, vontades e coragens, na luta contra aquele que, como dizia o Che, «é o inimigo número um da Humanidade: o imperialismo norte-americano».