83 ANOS DE COMBATE
«As comemorações não são um acto saudosista, alheado da realidade actual e do futuro»
Quem passe os olhos, semanalmente, pela «Agenda» do Avante!, ficará com uma ideia sobre as formas, os conteúdos, os caminhos, a intensidade, da actividade desenvolvida, dia a dia, pelos militantes comunistas. Mesmo tendo em conta que a «Agenda» anuncia apenas uma parte, e regra geral a parte menor, dessa actividade, ela fornece elementos preciosos para que qualquer leitor ajuíze sobre o que é e como é o PCP.
Aliás, talvez não haja forma melhor de se conhecer um partido político do que observar a sua «agenda». Quer aquelas «agendas» de plástico, do trocadilho que finge irreverência, da gritaria que imita discordância, da seta envenenada que simula elogio, da brigazinha que aparenta divergência entre líderes, da corrida frenética atrás dos média procurando abocanhar a cenoura da notoriedade – quer se trate dessas «agendas» que fazem as delícias dos «analistas» utentes do tempo e do espaço da comunicação social, quer se trate da outra «agenda», a da gente de trabalho: a que informa sobre a actividade concreta da organização partidária, sobre o grau de participação dos militantes na vida do seu partido, sobre o papel que desempenham na definição das orientações e decisões partidárias, enfim, a que informa sobre tudo o que é indispensável à observação e avaliação das preocupações de cada partido, dos interesses que defende e dos que combate, do conteúdo democrático da sua vida interna. Comparar as duas é uma boa via para descobrir as diferenças.
As comemorações do 83º aniversário do PCP preenchem, naturalmente, parte considerável da «Agenda» das últimas duas semanas. Trata-se sempre de um momento especial na vida do Partido, Anote-se, no entanto, que as comemorações não são um acto saudosista, fixo no passado e alheado da realidade actual e do futuro. Pelo contrário, elas são pretexto para que milhares de militantes e amigos do Partido, em centenas de iniciativas por todo o País, confraternizem, relembrem momentos da história do PCP, debatam as questões mais relevantes da situação nacional e internacional, procurem os caminhos para o reforço do Partido e da luta por ele travada.
Sem saudosismos de qualquer espécie, repita-se, não prescindimos, contudo, de revisitar a história do Partido em cada um dos seus aniversários, sublinhando, sempre: o seu papel na luta antifascista – um papel nascido de uma postura resistente, de um apego singular à democracia e à liberdade que o fez passar à clandestinidade e resistir ao fascismo, quando todos os outros acatavam a ordem de extinção dada pela ditadura; o seu papel nos avanços da Revolução de Abril, de facto o tempo mais progressista e mais avançado da nossa História - por muito que isso custe a todos os que, invocando a modernidade, têm vindo a procurar destruir, através de um velho e odioso ajuste de contas com Abril, tudo o que de moderno a Revolução nos trouxe; o seu papel na luta contra a política de direita – que é a política da contra-revolução de Abril; a necessidade de, por isso tudo, levarmos por diante medidas de reforço do Partido, nomeadamente, a campanha de contactos em curso, o aumento da militância e a participação de cada vez mais militantes na vida partidária, o fortalecimento da ligação às massas trabalhadoras.
É ainda em complementaridade com as comemorações que os comunistas procuram criar condições para intensificar a luta contra a política de direita – que é a luta por Abril, pelos seus ideais e pelas suas conquistas.
Quem observe as lutas levadas a cabo nos últimos tempos, em todas as áreas de actividade e envolvendo centenas de milhares de trabalhadores, de estudantes, de agricultores, de mulheres, verificará que os comunistas estão em todas elas – e estão lá tão somente porque é aquele o seu lugar, porque é assim que honram o compromisso assumido com a classe operária, com os trabalhadores, com o povo, já lá vão 83 anos. Assim tem sido e assim continuará a ser – pelo que não surpreende o facto de, nas iniciativas do 83º aniversário, terem tido lugar de destaque os preparativos para a jornada nacional de luta promovida pela CGTP-IN para o dia de hoje. Como não surpreende a sublinhada necessidade de prosseguir a luta pela paz, fazendo da manifestação do próximo dia 20, convocada por um conjunto de organizações entre as quais se encontra o PCP, um momento alto da exigência do fim da ocupação criminosa do Iraque.
Outro tema presente nas comemorações do 83º aniversário, reporta-se às eleições para o Parlamento Europeu – importante desafio que se coloca aos militantes comunistas e para cuja resposta é imprescindível o envolvimento intenso e empenhado de todo o colectivo partidário. É em nós e nos nossos amigos que reside o maior trunfo de que dispomos para esta batalha: a nossa disponibilidade e a nossa determinação de fazer chegar junto do maior número de eleitores o esclarecimento adequado, a demonstração de que o reforço da expressão eleitoral do PCP, é o único caminho seguro quer para combater e derrotar a política de direita quer para defender os interesses de Portugal no PE. E não tenhamos dúvida em relação à mais do que previsível posição dos órgãos da comunicação social dominante nesta campanha: pluralistas como só eles sabem ser, uns farão campanha pelo PS, outros pelo PSD, outros pelo CDS/PP; também para não variar em relação às suas práticas quotidianas, e por razões óbvias, todos farão campanha pelo Bloco de Esquerda; e, pelas mesmas razões, todos sabemos como será tratado o PCP.
Aliás, talvez não haja forma melhor de se conhecer um partido político do que observar a sua «agenda». Quer aquelas «agendas» de plástico, do trocadilho que finge irreverência, da gritaria que imita discordância, da seta envenenada que simula elogio, da brigazinha que aparenta divergência entre líderes, da corrida frenética atrás dos média procurando abocanhar a cenoura da notoriedade – quer se trate dessas «agendas» que fazem as delícias dos «analistas» utentes do tempo e do espaço da comunicação social, quer se trate da outra «agenda», a da gente de trabalho: a que informa sobre a actividade concreta da organização partidária, sobre o grau de participação dos militantes na vida do seu partido, sobre o papel que desempenham na definição das orientações e decisões partidárias, enfim, a que informa sobre tudo o que é indispensável à observação e avaliação das preocupações de cada partido, dos interesses que defende e dos que combate, do conteúdo democrático da sua vida interna. Comparar as duas é uma boa via para descobrir as diferenças.
As comemorações do 83º aniversário do PCP preenchem, naturalmente, parte considerável da «Agenda» das últimas duas semanas. Trata-se sempre de um momento especial na vida do Partido, Anote-se, no entanto, que as comemorações não são um acto saudosista, fixo no passado e alheado da realidade actual e do futuro. Pelo contrário, elas são pretexto para que milhares de militantes e amigos do Partido, em centenas de iniciativas por todo o País, confraternizem, relembrem momentos da história do PCP, debatam as questões mais relevantes da situação nacional e internacional, procurem os caminhos para o reforço do Partido e da luta por ele travada.
Sem saudosismos de qualquer espécie, repita-se, não prescindimos, contudo, de revisitar a história do Partido em cada um dos seus aniversários, sublinhando, sempre: o seu papel na luta antifascista – um papel nascido de uma postura resistente, de um apego singular à democracia e à liberdade que o fez passar à clandestinidade e resistir ao fascismo, quando todos os outros acatavam a ordem de extinção dada pela ditadura; o seu papel nos avanços da Revolução de Abril, de facto o tempo mais progressista e mais avançado da nossa História - por muito que isso custe a todos os que, invocando a modernidade, têm vindo a procurar destruir, através de um velho e odioso ajuste de contas com Abril, tudo o que de moderno a Revolução nos trouxe; o seu papel na luta contra a política de direita – que é a política da contra-revolução de Abril; a necessidade de, por isso tudo, levarmos por diante medidas de reforço do Partido, nomeadamente, a campanha de contactos em curso, o aumento da militância e a participação de cada vez mais militantes na vida partidária, o fortalecimento da ligação às massas trabalhadoras.
É ainda em complementaridade com as comemorações que os comunistas procuram criar condições para intensificar a luta contra a política de direita – que é a luta por Abril, pelos seus ideais e pelas suas conquistas.
Quem observe as lutas levadas a cabo nos últimos tempos, em todas as áreas de actividade e envolvendo centenas de milhares de trabalhadores, de estudantes, de agricultores, de mulheres, verificará que os comunistas estão em todas elas – e estão lá tão somente porque é aquele o seu lugar, porque é assim que honram o compromisso assumido com a classe operária, com os trabalhadores, com o povo, já lá vão 83 anos. Assim tem sido e assim continuará a ser – pelo que não surpreende o facto de, nas iniciativas do 83º aniversário, terem tido lugar de destaque os preparativos para a jornada nacional de luta promovida pela CGTP-IN para o dia de hoje. Como não surpreende a sublinhada necessidade de prosseguir a luta pela paz, fazendo da manifestação do próximo dia 20, convocada por um conjunto de organizações entre as quais se encontra o PCP, um momento alto da exigência do fim da ocupação criminosa do Iraque.
Outro tema presente nas comemorações do 83º aniversário, reporta-se às eleições para o Parlamento Europeu – importante desafio que se coloca aos militantes comunistas e para cuja resposta é imprescindível o envolvimento intenso e empenhado de todo o colectivo partidário. É em nós e nos nossos amigos que reside o maior trunfo de que dispomos para esta batalha: a nossa disponibilidade e a nossa determinação de fazer chegar junto do maior número de eleitores o esclarecimento adequado, a demonstração de que o reforço da expressão eleitoral do PCP, é o único caminho seguro quer para combater e derrotar a política de direita quer para defender os interesses de Portugal no PE. E não tenhamos dúvida em relação à mais do que previsível posição dos órgãos da comunicação social dominante nesta campanha: pluralistas como só eles sabem ser, uns farão campanha pelo PS, outros pelo PSD, outros pelo CDS/PP; também para não variar em relação às suas práticas quotidianas, e por razões óbvias, todos farão campanha pelo Bloco de Esquerda; e, pelas mesmas razões, todos sabemos como será tratado o PCP.