
- Nº 1580 (2004/03/11)
Memórias do passado
Breves Nacional
Uma agulha de cobre com cinco mil anos, botões de osso com quatro mil e dedais do século XVI são algumas preciosidades incluídas numa exposição sobre o trabalho das costureiras de Almada, inaugurada, segunda-feira, Dia Internacional da Mulher.
Intitulada «A Agulha Puxa a Linha - A Costura como Ofício no Concelho de Almada», a mostra, patente na Galeria Municipal de Arte, reúne objectos antigos e ampliações fotográficas caracterizando a labuta de mulheres e crianças nas oficinas de costura.
Várias reproduções de fotografias, datadas da década de 40, exprimem, segundo a directora da Galeria Municipal de Arte de Almada, Ana Isabel Ribeiro, as dificuldades do ofício: precariedade do trabalho e a exploração da mão-de-obra infantil.
Após a revolução de 25 de Abril de 1974, o ofício de costureira começou a entrar em declínio com o fecho das primeiras fábricas de confecções.