«Onde está o PIPS?» – pergunta a União dos Sindicatos de Setúbal, numa nota distribuída à imprensa pela sua Comissão Executiva, em que verifica que «continua a aumentar o número de desempregados» no distrito. Este «aumento sistemático» do desemprego «é a prova evidente da errada e injusta política do Governo, que só tem agravado as condições de vida e de trabalho e conduzido o distrito e o país para uma regressão social». A USS/CGTP-IN recorda que, quando da tomada de posse do actual Governo, em Março de 2002, o número de desempregados inscritos no distrito era de 32.530. Passados 14 meses, o Governo apresentou o Plano de Intervenção para a Península de Setúbal e ignorou as posições da União, que via o projecto do PIPS como um «reforço de medidas já implementadas pelo IEFP», que não impediam o crescimento do desemprego. Em Julho, com 42.726 desempregados inscritos, Bagão Félix vai a Setúbal apresentar o PIPS. Em Janeiro de 2004 (22 meses após a tomada de posse do Governo) estavam inscritos 43.471 desempregados (mais 10.941 do que quando o Governo tomou posse), e a taxa de desemprego era de 11,9 por cento (muito acima do índice nacional).
Ao mesmo tempo que denuncia o agravamento do desemprego, a USS continua a exigir medidas efectivas para o combater e exorta os trabalhadores a reforçarem a sua unidade e mobilização e a participarem massivamente na Jornada Nacional de Luta de 11 de Março.