
- Nº 1574 (2004/01/29)
Movimento de revolta
Breves Nacional
Várias dezenas de pessoas manifestaram-se, segunda-feira, frente ao Tribunal de Aveiro, em solidariedade com as sete mulheres julgadas por aborto clandestino. A leitura da sentença está marcada para 17 de Fevereiro.
Antes das alegações finais do processo, que envolve ainda um médico e mais nove pessoas, os manifestantes ostentaram tarjas reclamando a despenalização da interrupção voluntária da gravidez.
«A lei devia ser declarada inconstitucional porque não respeita nos limites constitucionais a liberdade individual consagrada no artigo 18 da Constituição», disse, em declarações aos jornalistas, Odete Santos, deputada do PCP.
Segundo a comunista, o que está em causa é que «as mulheres vêem a vida privada devassada nos tribunais. Isso é suficiente para suscitar um movimento de revolta».