Falso pretexto
A organização norte-americana de defesa dos direitos humanos, Human Rights Watch (HRW), afirma no seu relatório anual, publicado esta semana, que a intervenção anglo-norte-americana no Iraque não pode ser qualificada de «humanitária» porque não havia então qualquer «massacre em curso ou iminente».
Segundo Kenneth Roth, director executivo da HRW, «a administração de George W. Bush não pode qualificar a guerra no Iraque de intervenção humanitária, tal como o não pode fazer Tony Blair», o primeiro-ministro britânico, pois uma intervenção só pode ser qualificada de humanitária se visar «um massacre em curso ou iminente», o que não era o caso. Considerando que «uma intervenção humanitária não pode ser desencadeada posteriormente, para reagir a atrocidades que foram ignoradas no passado», Roth lembra que as piores atrocidades de Saddam Hussein foram cometidas em 1988, como o genocídio dos curdos. Nessa altura, em que se poderia ter justificado uma intervenção, Saddam Hussein era um aliado de Washington.
Segundo Kenneth Roth, director executivo da HRW, «a administração de George W. Bush não pode qualificar a guerra no Iraque de intervenção humanitária, tal como o não pode fazer Tony Blair», o primeiro-ministro britânico, pois uma intervenção só pode ser qualificada de humanitária se visar «um massacre em curso ou iminente», o que não era o caso. Considerando que «uma intervenção humanitária não pode ser desencadeada posteriormente, para reagir a atrocidades que foram ignoradas no passado», Roth lembra que as piores atrocidades de Saddam Hussein foram cometidas em 1988, como o genocídio dos curdos. Nessa altura, em que se poderia ter justificado uma intervenção, Saddam Hussein era um aliado de Washington.