Salários por pagar na MB Pereira da Costa

Polícia de choque invade plenário

Estavam os trabalhadores reunidos em plenário, anteontem, com a presença de sindicatos e do Administrador Judicial, a discutir as formas de pagamento dos salários em atraso de Dezembro, quando a policia de choque, juntamente com outras forças policiais, irrompeu pelo estaleiro dentro.
Segundo a Comissão Concelhia da Amadora do PCP, a ocupação policial foi justificada com o propósito de penhorarem a frota da empresa, acção essa que tinha sido suspensa dias antes, pelo Tribunal. Para o PCP, «é vergonhoso que o Governo, como credor largamente maioritário da empresa, tenha deixado a situação chegar a este ponto».
A Concelhia enaltece «o grande sentido de responsabilidade e capacidade de luta demonstrados pelos trabalhadores na defesa da empresa e dos seus salários» e considera «vergonhoso» que haja trabalhadores em vésperas de Natal, que ainda não receberam parte do, já de si, baixo salário e o subsídio de Natal.
A Concelhia da Amadora do PCP apela à unidade e combatividade dos trabalhadores, neste momento difícil, e apela à solidariedade de todos com a luta dos trabalhadores da MB Pereira da Costa.

E o Governo?

Na sexta-feira, o Grupo Parlamentar do PCP apresentou um requerimento, na Assembleia da República, onde denunciou a «situação económica difícil» daquela empresa e fez notar que no início daquela semana tinha sido suspensa a penhora da sua frota, graças à intervenção determinada dos trabalhadores.
Ao lembrar que o maior credor da empresa é o Estado, o deputado António Filipe solicitou ao Governo, através do Ministério da Economia, que o informasse sobre a atitude que tenciona tomar, «de forma a contribuir para a salvaguarda dos mais de 400 postos de trabalho da MB Pereira da Costa e para garantir o futuro desta unidade produtiva».


Mais artigos de: Trabalhadores

Marcha de protesto da USL

Dirigentes e activistas sindicais da União dos Sindicatos de Lisboa/CGTP-IN, alertaram, na quinta-feira passada, a população em plena azáfama de compras, para o aumento do desemprego na Região.

Dar voz aos desempregados

Um grupo de trabalhadores criou a Comissão Instaladora do Movimento dos Trabalhadores Desempregados, em resposta ao galopante aumento do desemprego que, oficialmente e segundo o IEFP, no fim de Novembro era de 453727 desempregados.Na passada sexta-feira, a Comissão realizou, em Lisboa, uma acção pública de divulgação...