A Comissão Distrital de Bragança do PCP não quer a construção de um depósito de detritos nucleares em Aldeiadávila ou, em alternativa, em Sayago. Defende o PCP que ambas as localidades, situadas no Douro espanhol, estão demasiado perto da fronteira portuguesa, o que infringe normas internacionais que regulam a instalação de infra-estruturas desta natureza. Os comunistas fazem ainda referência, numa nota de imprensa emitida no dia 10, a estudos técnicos já efectuados que admitem que detritos nucleares aí depositados poderiam originar fugas radioactivas e contaminação na sequência de eventuais sismos. O PCP afirma que as manifestações realizadas em 1998 nas duas localidades, nas quais participaram milhares de cidadãos portugueses e espanhóis, são prova de que a instalação dos depósitos é rejeitada pelas populações. Também nas assembleias municipais do planalto mirandês – Miranda do Douro e Mogadouro – se confirmou a «viva oposição a qualquer projecto de instalação de um cemitério nuclear junto à fronteira portuguesa».