As mulheres comunistas aproveitaram os dias da Festa do Avante para lançar a Agenda Mulher 2004.

A iniciativa, tomada pela Comissão junto do Comité Central para os Problemas e Movimento das Mulheres, visa proporcionar «uma mais ampla informação e o despertar de uma maior consciência» para os direitos sexuais e reprodutivos, já reconhecidos como direitos sociais do nosso tempo mas que importa «preservar defender e aprofundar».
O facto é que a Agenda constituiu um sucesso, podendo ver-se, ao longo da Festa, homens e mulheres, a maioria jovens, a vendê-la e... a comprá-la. Umas para si próprias, outros para oferecer.
E se algumas informações constantes da Agenda eram comentadas com ar ainda jocoso (que as mentalidades não se alteram de um dia para o outro), a maioria era lida com vivo interesse ou simples curiosidade.
Desde a divulgação de leis que consagram importantes direitos da mulher à notícia sobre a morte, no dia 8 de Março de 1997 (suprema ironia!) de Lizete Moreira, de 36 anos, mãe de três filhos menores, vítima de aborto clandestino, muito se pode aprender com a Agenda Mulher 2004. A gravidez na adolescência, a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, o parto psicoprofiláctico, o direito à sexualidade nos idosos, são questões sobre as quais a Agenda informa e que, queira-se ou não, são desconhecidas de muitos de nós.