Em vez da genialidade de António Mexia na gestão de pessoal, publicitada em Setembro de 2001 no Expresso, há agora «inqualificáveis procedimentos», denunciados pela Comissão Central de Trabalhadores da Petroal. Num comunicado em distribuição na empresa, a CCT recorda as pressões para obter rescisões de contratos e para aceitação de trabalho extraordinário não remunerado, bem como os elevados custos com a contratação de consultores e o clientelismo em diversas admissões de pessoal, a par de «emprateleiramentos» e proliferação de trabalho precário.
«Em cima desta vergonhosa situação», refere o comunicado, surgem «novas disponibilizações e marginalizações», incluindo de quadros superiores. Enquanto responsáveis dos recursos humanos são limitados a actos administrativos de marcação de entrevistas de trabalhadores com consultores de uma firma estrangeira especialistas em incentivos financeiros, os funcionários disponibilizados são alvos de pressão para se demitirem, com os referidos consultores a procurarem convencê-los a aproveitar as prometidas indemnizações.