No prosseguimento das visitas que a Comissão Concelhia de Sintra do PCP tem promovido aos Centros de Saúde do Concelho, Jaime Mata, responsável pelo sector de saúde, o deputado António Filipe e o vereador Baptista Alves visitaram as instalações do Centro de Saúde de Sintra, onde foram recebidos pela sua direcção, de quem souberam que, num universo de 48.490 utentes daquele Centro, 9.791 não têm médico de família.
O grande problema, porém, reside nas deficientes instalações da sede, em Sintra, cuja exiguidade não permite um funcionamento e atendimento eficazes e as barreiras arquitectónicas de um antigo prédio de habitação, impedem a circulação de idosos, deficientes e carrinhos de bebé.
Entretanto, o edifício alugado pela ARS para fazer face ao problema também não é solução: a falta de janelas, por um lado, e a humidade, por outro, obrigam a ventilação artificial e à utilização permanente de aquecedores, mesmo no Verão.
Este é, contudo, um problema que já poderia estar resolvido se tivesse havido empenho por parte da anterior gestão camarária, pois existia terreno, projecto e concurso feito. A verba já tinha sido estabelecida em PIDDAC, faltando apenas adjudicar. Ou seja, as verbas foram certamente desviadas para outras finalidades, sem que a Câmara exigisse a construção do edifício previsto. António Filipe tomou nota da situação, que vai colocar na Assembleia da República para uma rápida solução.

Couço continua à espera

A Comissão de Freguesia do Couço do PCP lançou, no princípio de Maio, um abaixo-assinado reivindicando a construção de um novo Centro de Saúde na freguesia, anseio que a população alimenta há anos. Foram recolhidas cerca de 1050 assinaturas, apenas na freguesia.
Esta exigência já dura há alguns anos, nomeadamente desde 1998, quando o PCP propôs – e foi aceite – uma verba no Orçamento de Estado para a construção do referido Centro, comprometendo-se então o Governo a concluí-lo até Dezembro de 2000. Na mesma altura, a Câmara Municipal de Coruche, então de maioria CDU, doou ao Ministério da Saúde um terreno para o Centro de Saúde, cuja construção foi sendo, contudo, sempre adiada.
O OE para 2000 voltou a contemplar uma verba com este objectivo e, em 2001, foi aberto concurso público mas a obra continuou a não avançar, situação em que ainda hoje permanece, apesar de o PIDDAC/2003 ter de novo inscrito o projecto. Foi, pois, temendo novos adiamentos, que o PCP decidiu avançar com o abaixo-assinado, que vai ser enviado ao Presidente da República, ao primeiro ministro, ao Presidente da Assembleia da República e grupos parlamentares, solicitando-lhes que intercedam no sentido da urgente resolução do problema.