TRAÇOS DISTINTIVOS
«É indispensável sublinhar o esforço militante de milhares de camaradas»
Há cerca de um ano, o PCP realizou uma Conferência Nacional com o objectivo de proceder a um amplo debate sobre o novo quadro político saído das eleições legislativas de Março de 2003, as respostas a dar à situação criada e as medidas necessárias para o reforço da intervenção e da influência do Partido. Vivia-se um tempo cheio de ameaças (que a realidade viria a confirmar) decorrentes da formação de um Governo de maioria absoluta da coligação PSD-CDS/PP. A necessidade de dar resposta a esses perigos era, para o PCP, óbvia. No entanto, entre os outros partidos de esquerda ou que como tal se intitulam, a questão parecia irrelevante – de tal forma que as propostas do Comité Central do PCP visando uma conjugação de esforços e forças dos democratas para dar combate a esses perigos tiveram como resposta um profundo silêncio.
Neste quadro, realizou-se a Conferência Nacional do PCP: milhares de militantes comunistas participaram no debate que a antecedeu e com essa participação contribuíram decisivamente para o enriquecimento das conclusões aprovadas, depois, pelos cerca de mil delegados eleitos – tudo isto, aliás, de acordo com a prática participativa que caracteriza o funcionamento do PCP (e só do PCP, sublinhe-se mais uma vez).
Sem pretender proceder a um exaustivo balanço do trabalho entretanto levado a cabo, vale a pena recordar e destacar alguns aspectos da actividade de então para cá desenvolvida pelo colectivo partidário na aplicação concreta dessas orientações. E, fazendo-o, é indispensável sublinhar o esforço militante de milhares de camaradas – homens, mulheres e jovens – quer no debate que levou às conclusões tiradas, quer na aplicação prática dessas conclusões no decorrer destes quase doze meses. Sem esse esforço, sem essa participação militante, é evidente que o PCP teria que limitar-se a ser um partido como os outros: com grande fachada mas pouco conteúdo democrático em matéria de funcionamento interno; gritando muito a sua «oposição» mas opondo-se pouco, de facto, à política de direita praticada pelo Governo.
A Conferência Nacional definiu, na altura, um conjunto de linhas prioritárias no sentido do reforço da intervenção e da influência do Partido em matéria de luta de massas, de intervenção e iniciativa políticas, de acção institucional e de reforço da organização e da coesão do Partido. O colectivo partidário tomou medidas para concretizar – e tem vindo a fazê-lo de forma eficaz – essas linhas prioritárias.
A necessidade, sublinhada pela Conferência, de intensificar e reforçar a intervenção política própria do Partido, com as suas propostas, os seus projectos, as suas contribuições para a solução dos problemas do País, é uma evidência sempre e, muito particularmente, quando se tem como objectivo reforçar e ampliar a influência do Partido.
A acção «Em movimento, por um Portugal com futuro» que integra múltiplas e diversificadas iniciativas de esclarecimento, de debate e de mobilização em torno dos mais variados problemas da realidade nacional, tem vindo a confirmar que os problemas com que o povo e o País se confrontam podem ter solução; que, tal como a Conferência concluiu, é possível e necessário um País mais desenvolvido, mais justo, mais democrático. É isso que estamos a demonstrar, é isso que ressaltará da iniciativa das «Mil Localidades: participação e desenvolvimento», este fim de semana iniciada na zona do Pinhal, e que se destina a alertar para as situações de carências existentes, sobretudo nas zonas do interior, mas também em outras zonas do País, tantas vezes esquecidas e reclamando linhas de apoio ao desenvolvimento.
No que respeita ao Partido, a Conferência apontou linhas de trabalho que - tendo por base a necessidade imperiosa do respeito pelos seus princípios de funcionamento e pela sua coesão e democracia interna – tinham em vista levar por diante um movimento geral de reforço partidário a desenvolver sob o lema «Sim. É possível! Um PCP mais forte» - movimento que engloba nomeadamente a realização de assembleias das organizações, uma campanha de contactos com todos os militantes, medidas visando o reforço da militância, o recrutamento de 2000 novos militantes, o reforço da organização nas empresas e locais de trabalho. Estando muito por fazer em todos estes aspectos – e sendo certo que, em matéria de organização, sempre estará muito por fazer – também é verdade que importantes passos têm sido dados e que os resultados das medidas aplicadas mostram que, com determinação, persistência e perseverança, é possível ultrapassar obstáculos, vencer dificuldades, alcançar objectivos.
A relembrança de todas estas orientações e linhas de trabalho, decididas colectivamente e colectivamente levadas à prática, vale acima de tudo para sublinhar mais uma vez traços distintivos do PCP em relação a qualquer outro partido nacional. E porque, neste tempo de individualismo elogiado e exacerbado, neste tempo em que tudo empurra os cidadãos para a não-miltância, para a demissão da intervenção política, para a postura de espectador passivo da realidade – neste tempo de individualismo estéril e infecundo, merece lugar de destaque uma actividade partidária como esta, erguida através do esforço e da participação colectivos, sem os quais, anote-se, não há democracia. Ou, se a há, está de tal forma carenciada de conteúdo democrático que mais parece coisa de sentido oposto...
Neste quadro, realizou-se a Conferência Nacional do PCP: milhares de militantes comunistas participaram no debate que a antecedeu e com essa participação contribuíram decisivamente para o enriquecimento das conclusões aprovadas, depois, pelos cerca de mil delegados eleitos – tudo isto, aliás, de acordo com a prática participativa que caracteriza o funcionamento do PCP (e só do PCP, sublinhe-se mais uma vez).
Sem pretender proceder a um exaustivo balanço do trabalho entretanto levado a cabo, vale a pena recordar e destacar alguns aspectos da actividade de então para cá desenvolvida pelo colectivo partidário na aplicação concreta dessas orientações. E, fazendo-o, é indispensável sublinhar o esforço militante de milhares de camaradas – homens, mulheres e jovens – quer no debate que levou às conclusões tiradas, quer na aplicação prática dessas conclusões no decorrer destes quase doze meses. Sem esse esforço, sem essa participação militante, é evidente que o PCP teria que limitar-se a ser um partido como os outros: com grande fachada mas pouco conteúdo democrático em matéria de funcionamento interno; gritando muito a sua «oposição» mas opondo-se pouco, de facto, à política de direita praticada pelo Governo.
A Conferência Nacional definiu, na altura, um conjunto de linhas prioritárias no sentido do reforço da intervenção e da influência do Partido em matéria de luta de massas, de intervenção e iniciativa políticas, de acção institucional e de reforço da organização e da coesão do Partido. O colectivo partidário tomou medidas para concretizar – e tem vindo a fazê-lo de forma eficaz – essas linhas prioritárias.
A necessidade, sublinhada pela Conferência, de intensificar e reforçar a intervenção política própria do Partido, com as suas propostas, os seus projectos, as suas contribuições para a solução dos problemas do País, é uma evidência sempre e, muito particularmente, quando se tem como objectivo reforçar e ampliar a influência do Partido.
A acção «Em movimento, por um Portugal com futuro» que integra múltiplas e diversificadas iniciativas de esclarecimento, de debate e de mobilização em torno dos mais variados problemas da realidade nacional, tem vindo a confirmar que os problemas com que o povo e o País se confrontam podem ter solução; que, tal como a Conferência concluiu, é possível e necessário um País mais desenvolvido, mais justo, mais democrático. É isso que estamos a demonstrar, é isso que ressaltará da iniciativa das «Mil Localidades: participação e desenvolvimento», este fim de semana iniciada na zona do Pinhal, e que se destina a alertar para as situações de carências existentes, sobretudo nas zonas do interior, mas também em outras zonas do País, tantas vezes esquecidas e reclamando linhas de apoio ao desenvolvimento.
No que respeita ao Partido, a Conferência apontou linhas de trabalho que - tendo por base a necessidade imperiosa do respeito pelos seus princípios de funcionamento e pela sua coesão e democracia interna – tinham em vista levar por diante um movimento geral de reforço partidário a desenvolver sob o lema «Sim. É possível! Um PCP mais forte» - movimento que engloba nomeadamente a realização de assembleias das organizações, uma campanha de contactos com todos os militantes, medidas visando o reforço da militância, o recrutamento de 2000 novos militantes, o reforço da organização nas empresas e locais de trabalho. Estando muito por fazer em todos estes aspectos – e sendo certo que, em matéria de organização, sempre estará muito por fazer – também é verdade que importantes passos têm sido dados e que os resultados das medidas aplicadas mostram que, com determinação, persistência e perseverança, é possível ultrapassar obstáculos, vencer dificuldades, alcançar objectivos.
A relembrança de todas estas orientações e linhas de trabalho, decididas colectivamente e colectivamente levadas à prática, vale acima de tudo para sublinhar mais uma vez traços distintivos do PCP em relação a qualquer outro partido nacional. E porque, neste tempo de individualismo elogiado e exacerbado, neste tempo em que tudo empurra os cidadãos para a não-miltância, para a demissão da intervenção política, para a postura de espectador passivo da realidade – neste tempo de individualismo estéril e infecundo, merece lugar de destaque uma actividade partidária como esta, erguida através do esforço e da participação colectivos, sem os quais, anote-se, não há democracia. Ou, se a há, está de tal forma carenciada de conteúdo democrático que mais parece coisa de sentido oposto...