Pescadores de Matosinhos concentraram-se na semana passada frente à Capitania do Porto de Leixões, em protesto contra as recentes alterações à legislação relativa aos pescadores da pesca artesanal. A falta de apoios e infra-estruturas está a levar os homens do mar de Matosinhos a uma situação de desespero.
O alerta foi dado na tarde do passado dia 7, pelo Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Norte que reuniu com o capitão da Capitania. António Macedo, presidente do sindicato, manifestou ao Avante! a sua preocupação pelo «exagerado aumento das taxas e coimas a que são sujeitos os pescadores, o aumento da burocracia com o reaparecimento do papel selado e a falta de pessoal, sem que as autoridades apresentem ou aceitem soluções que minimizem o problema». A Capitania parece antes ter «apostado no levantamento constante de autos e a aplicação de elevadas coimas, de forma tão persistente e exagerada», que os pescadores consideram actos de autêntica perseguição. O sindicato comprometeu-se em continuar a pressionar as autoridades, para que tenham em conta as consequências negativas para os pescadores, das novas regras.
Para o próximo dia 20 ficou marcado um plenário, onde os pescadores vão decidir novas acções e formas de luta para fazer frente a esta situação que classificam de «desespero».