A luta continua
Circulando pelas ruas da Baixa do Porto, a população que comemorava Abril fazia-o mais uma vez com a alegria e solidariedade que a data motiva.
Só o dia estava cinzento e chuvoso. Democratas, lutadores antifascistas, a nova geração de Abril, todos convergiram para a Rua do Heroísmo, junto à ex-prisão da PIDE, de onde partiu o desfile pela Revolução, organizado pela USP/CGTP-IN.
Os direitos, as liberdades, a garantias de Abril, que são parte do grande ideário e das imensas conquistas políticas, sociais e económicas da Revolução, foram também lembradas no desfile, como forma de denúncia ao feroz ataque a que têm sido sujeitos pelo Governo PSD/CDS-PP.
Referências ao Pacote Laboral, aos direitos sociais postos em causa, aos serviços públicos depredados, à qualidade de vida depauperada de grandes camadas da população, todas configuraram uma grande exigência comum de respeito e resistência por Abril e pelo povo português.
A nova Lei dos Partidos também não foi esquecida, nem poderia sê-lo. Um dos mais cobardes e iníquos insultos a Abril foi concretizado na véspera deste seu 29.º aniversário, num exercício de hipocrisia política da maioria de direita e do PS que ultrapassa todos os limites. O profundo ataque à liberdade de organização partidária e o direito de ingerência consagrado na prática pela direita e pelo PS tem, ao invés da sua expressão aparentemente generalista - «dos Partidos» -, um alvo definido e concreto: «o PCP».
Percebe-se que uma situação destas configura um processo persecutório que nos remonta ao passado, a antes de Abril. E aí não quer regressar quem tem memória, quem lutou e luta, quem resistiu e resiste, quem dá verdadeiro valor à liberdade e à democracia. Por isso, porque Abril se defende, agora e sempre, a luta continua.
Aljustrel:
Liberdade e democracia
Para que a memória não esqueça todos aqueles que lutaram para termos hoje uma vida em liberdade e democracia, cerca de 40 ex-presos políticos, todos naturais de Aljustrel, promoveram, sexta-feira, um almoço-convívio, com o apoio da Câmara Municipal.
Na iniciativa participaram ainda os resistentes antifascistas Dias Lourenço e António Tereso, o presidente da Câmara Municipal de Aljustrel, José Godinho, os vereadores Manuel Frederico e Arnaldo Alves, o presidente da Assembleia Municipal, Luís Bartolomeu, e Francisco Colaço, presidente da Junta de Freguesia de Aljustrel.
Os poemas de Bagacinha, poeta popular, encerraram o encontro daqueles que foram presos pelo antigo regime.
Promovido pela Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, mais de duas mil pessoas assistiram, no dia 24 de Abril, a um espectáculo teatral, na Praça da República, sobre a luta na clandestinidade. A peça simulava uma praça de jorna no antigo regime, com os trabalhadores a reivindicarem as 8 horas de trabalho.
No final do espectáculo, o público desfilou pelas ruas da cidade, cantando o tema «Grândola, Vila Morena». «Viva o 25 de Abril» e «Fascismo Nunca Mais» foram algumas das palavras de ordem que se puderam ouvir durante a noite.
No dia seguinte, realizou-se no Teatro Curvo Semedo um espectáculo musical com o grupo «Ronda dos Quatro Caminhos». No final da iniciativa foi feita uma intervenção política sobre o 25 de Abril, pelo presidente da Câmara Municipal.
Os direitos, as liberdades, a garantias de Abril, que são parte do grande ideário e das imensas conquistas políticas, sociais e económicas da Revolução, foram também lembradas no desfile, como forma de denúncia ao feroz ataque a que têm sido sujeitos pelo Governo PSD/CDS-PP.
Referências ao Pacote Laboral, aos direitos sociais postos em causa, aos serviços públicos depredados, à qualidade de vida depauperada de grandes camadas da população, todas configuraram uma grande exigência comum de respeito e resistência por Abril e pelo povo português.
A nova Lei dos Partidos também não foi esquecida, nem poderia sê-lo. Um dos mais cobardes e iníquos insultos a Abril foi concretizado na véspera deste seu 29.º aniversário, num exercício de hipocrisia política da maioria de direita e do PS que ultrapassa todos os limites. O profundo ataque à liberdade de organização partidária e o direito de ingerência consagrado na prática pela direita e pelo PS tem, ao invés da sua expressão aparentemente generalista - «dos Partidos» -, um alvo definido e concreto: «o PCP».
Percebe-se que uma situação destas configura um processo persecutório que nos remonta ao passado, a antes de Abril. E aí não quer regressar quem tem memória, quem lutou e luta, quem resistiu e resiste, quem dá verdadeiro valor à liberdade e à democracia. Por isso, porque Abril se defende, agora e sempre, a luta continua.
Aljustrel:
Liberdade e democracia
Para que a memória não esqueça todos aqueles que lutaram para termos hoje uma vida em liberdade e democracia, cerca de 40 ex-presos políticos, todos naturais de Aljustrel, promoveram, sexta-feira, um almoço-convívio, com o apoio da Câmara Municipal.
Na iniciativa participaram ainda os resistentes antifascistas Dias Lourenço e António Tereso, o presidente da Câmara Municipal de Aljustrel, José Godinho, os vereadores Manuel Frederico e Arnaldo Alves, o presidente da Assembleia Municipal, Luís Bartolomeu, e Francisco Colaço, presidente da Junta de Freguesia de Aljustrel.
Os poemas de Bagacinha, poeta popular, encerraram o encontro daqueles que foram presos pelo antigo regime.
Promovido pela Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, mais de duas mil pessoas assistiram, no dia 24 de Abril, a um espectáculo teatral, na Praça da República, sobre a luta na clandestinidade. A peça simulava uma praça de jorna no antigo regime, com os trabalhadores a reivindicarem as 8 horas de trabalho.
No final do espectáculo, o público desfilou pelas ruas da cidade, cantando o tema «Grândola, Vila Morena». «Viva o 25 de Abril» e «Fascismo Nunca Mais» foram algumas das palavras de ordem que se puderam ouvir durante a noite.
No dia seguinte, realizou-se no Teatro Curvo Semedo um espectáculo musical com o grupo «Ronda dos Quatro Caminhos». No final da iniciativa foi feita uma intervenção política sobre o 25 de Abril, pelo presidente da Câmara Municipal.