Capitalismo Ali Babá
O Império Americano já tem a sua Biblioteca de Alexandria
Primeiro foi o rol de mentiras despudoradas na vã tentativa de enganar os povos quanto aos objectivos da guerra. A seguir veio a flagrante violação de toda e qualquer legalidade internacional. Depois foi a orgia de morte e destruição contra um Iraque já martirizado por anos de guerras, de ditadura e de sanções – todas elas impostas pelas «democráticas» potências capitalistas. Veio então a ocupação pelas tropas dos EUA e Reino Unido, e com ela o saque das cidades iraquianas. Que é prenúncio do saque dos recursos naturais que as potências ocupantes pretendem agora levar a cabo. A destruição dos Museus e Bibliotecas do país berço das primeiras grandes civilizações humanas entrará para a História como um dos grandes crimes contra a Humanidade. O Império Americano já tem a sua Biblioteca de Alexandria. É bem o símbolo da natureza voraz, destruídora e saqueadora do capitalismo, neste início amargo do Século XXI.
Como o Avante! noticiou a semana passada, os Ali Babás que pilharam as cidades iraquianas foram abertamente encorajados pelas tropas ocupantes. Circulam já na Internet imagens de Marines americanos participando directamente no saque de palácios (http://www.informationclearinghouse.info/article2973.htm). Após as pilhagens vieram os fogos postos pela mão de bandos organizados e pagos, segundo o jornalista britânico Robert Fisk (Independent, 17.4.03). Fisk afirma ter visto 35 Ministérios de Bagdade devorados pelas chamas. Apenas 2 foram protegidos desde o primeiro dia pelas tropas invasoras: o Ministério do Petróleo e o Ministério do Interior. São estas as preocupações dos colonizadores imperialistas: os recursos naturais que pretendem pilhar, e a repressão que será necessária para o conseguir. As tropas que «não chegam para controlar as pilhagens» estiveram em acção, nos mesmos dias, quando se tratou de massacrar os manifestantes que na cidade de Mossul se insurgiam contra os novos governantes impostos pelo invasor.
Tudo isto é business, mesmo sem falar do petróleo. As armas utilizadas na guerra serão agora repostas. São milhares de milhões de dólares de lucros privados, pagos com dinheiros públicos. Os edifícios e serviços básicos, destruídos pelos bombardeamentos e pelas pilhagens, serão alvo de chorudos negócios (já anunciados) para empresas directamente ligadas à mafia que governa hoje os EUA. Serão business as próprias peças dos Museus, que nunca teriam sido saqueados se a cultura não fosse negócio.
Às potências imperialistas interessam nações destroçadas, impotentes, nas mãos de mafias criminosas que «mantenham a ordem» e a subordinação dos povos, enquanto os seus países são sugados até ao tutano por um grande Padrinho «democrático-ocidental».
É assim no Kosovo, no Afeganistão, na Sérvia (onde se está a instalar um fascismo mafioso às ordens de Washington). Por vontade dos EUA será assim no Iraque. E já ameaçam com novas guerras de rapina. Está à vista a verdadeira natureza do «capitalismo Ali Babá».
A guerra e a pilhagem vêm acompanhadas de novos saltos qualitativos de repressão. Registe-se o que aconteceu nesta guerra a jornalistas não «integrados» e sob a batuta do poder imperial: despedimentos (Peter Arnett); agressões físicas (Luis Castro e seus colegas); assassinato (Hotel Palestina, al-Jazeera). São «recados» a levar em conta.
Mas há um factor decisivo que não entra nos planos do imperialismo e é já uma realidade evidente no Iraque: a luta e resistência popular. Neste momento terrível da sua História, o povo iraquiano está a dar, com a sua revolta crescente contra a presença do colonizador, uma lição de dignidade e coragem a todo o mundo. É esta a verdadeira Humanidade.
Como o Avante! noticiou a semana passada, os Ali Babás que pilharam as cidades iraquianas foram abertamente encorajados pelas tropas ocupantes. Circulam já na Internet imagens de Marines americanos participando directamente no saque de palácios (http://www.informationclearinghouse.info/article2973.htm). Após as pilhagens vieram os fogos postos pela mão de bandos organizados e pagos, segundo o jornalista britânico Robert Fisk (Independent, 17.4.03). Fisk afirma ter visto 35 Ministérios de Bagdade devorados pelas chamas. Apenas 2 foram protegidos desde o primeiro dia pelas tropas invasoras: o Ministério do Petróleo e o Ministério do Interior. São estas as preocupações dos colonizadores imperialistas: os recursos naturais que pretendem pilhar, e a repressão que será necessária para o conseguir. As tropas que «não chegam para controlar as pilhagens» estiveram em acção, nos mesmos dias, quando se tratou de massacrar os manifestantes que na cidade de Mossul se insurgiam contra os novos governantes impostos pelo invasor.
Tudo isto é business, mesmo sem falar do petróleo. As armas utilizadas na guerra serão agora repostas. São milhares de milhões de dólares de lucros privados, pagos com dinheiros públicos. Os edifícios e serviços básicos, destruídos pelos bombardeamentos e pelas pilhagens, serão alvo de chorudos negócios (já anunciados) para empresas directamente ligadas à mafia que governa hoje os EUA. Serão business as próprias peças dos Museus, que nunca teriam sido saqueados se a cultura não fosse negócio.
Às potências imperialistas interessam nações destroçadas, impotentes, nas mãos de mafias criminosas que «mantenham a ordem» e a subordinação dos povos, enquanto os seus países são sugados até ao tutano por um grande Padrinho «democrático-ocidental».
É assim no Kosovo, no Afeganistão, na Sérvia (onde se está a instalar um fascismo mafioso às ordens de Washington). Por vontade dos EUA será assim no Iraque. E já ameaçam com novas guerras de rapina. Está à vista a verdadeira natureza do «capitalismo Ali Babá».
A guerra e a pilhagem vêm acompanhadas de novos saltos qualitativos de repressão. Registe-se o que aconteceu nesta guerra a jornalistas não «integrados» e sob a batuta do poder imperial: despedimentos (Peter Arnett); agressões físicas (Luis Castro e seus colegas); assassinato (Hotel Palestina, al-Jazeera). São «recados» a levar em conta.
Mas há um factor decisivo que não entra nos planos do imperialismo e é já uma realidade evidente no Iraque: a luta e resistência popular. Neste momento terrível da sua História, o povo iraquiano está a dar, com a sua revolta crescente contra a presença do colonizador, uma lição de dignidade e coragem a todo o mundo. É esta a verdadeira Humanidade.