O presidente do Chipre, o cipriota-grego Tassos Papadopoulos, anunciou, na terça-feira, que o falhanço do processo para a reunificação do país deveu-se à recusa do dirigente cipriota turco, Rauf Denktash, em aceitar as propostas apresentadas pelo secretário geral das Nações Unidas, Koffi Annan.
Papadopoulos e Denktash reuniram-se, na segunda-feira, em Haia, sob a mediação de Koffi Annan, para tentar colocar um ponto final a um contencioso que dura há cerca três de décadas. Annan pretendia que as duas partes aceitassem realizar um referendo, a 30 de Março, sobre o plano de paz, com vista a reunificar o Estado de Chipre antes da assinatura do tratado de adesão à União Europeia marcado para o próximo dia 16 de Abril.
O plano, apresentado em Novembro de 2002, prevê para o Chipre uma organização similar à Confederação helvética, com um Estado central composto por dois estados constituintes, um cipriota grego e outro cipriota turco. O Chipre está dividido em dois desde 1974, data em que o exército turco invadiu o norte da ilha.