Mensagens de paz
O Papa João Paulo II poderá pedir para se dirigir pessoalmente ao Conselho de Segurança caso a mensagem de paz que enviou a George Bush não seja suficiente para garantir uma solução pacífica para o Iraque.
Segundo uma fonte do Vaticano, a hipótese de João Paulo II se deslocar à Nova Iorque terá sido abordada no recente encontro do Papa com o secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
Na mensagem a Bush, entregue esta semana em Washington pelo cardeal Pio Laghi, o Papa dá conta das iniciativas do Vaticano «para contribuir para o desarmamento e para a paz no Médio Oriente».
Entretanto, no domingo, João Paulo II exortou os fiéis reunidos na Praça de São Pedro a um «compromisso mais forte pela paz», em particular no Iraque e no Médio Oriente, lembrando que ninguém se deve deixar vencer «pelas dificuldades, mas sim procurar e recorrer a todas as vias possíveis para evitar a guerra, que sempre leva consigo luto e graves consequências para todos».
Também Fidel Castro endereçou ao mundo uma mensagem de paz durante a visita oficial que efectuou ao Japão no final da semana passada.
«A história humana não deve jamais viver» a tragédia que se abateu sobre Hiroxima há 58 anos, disse Fidel num encontro com as autoridades da cidade. Lamentando que Hiroxima não tenha sido «a lição necessária para os países abandonarem o desenvolvimento de armas nucleares», o presidente cubano denunciou o facto de «milhares de pequenas e grandes armas» continuarem a ser desenvolvidas, o que revela que «o ser humano não aprendeu a lição».
O primeiro e único bombardeamento da história da humanidade, lançado pelos EUA a pretexto de precipitar o fim da Segunda Guerra Mundial, provocou a morte de mais de mais de 220 mil pessoas, das quais 140 mil na altura da explosão e as restantes em consequência dos ferimentos provocados pela exposição às radiações.