Despesas sociais em queda
As despesas com a protecção social nos 15 países membros da UE mantiveram, em 2000, a tendência de quebra que se verifica desde 1996. Segundo os dados do Eurostat, divulgados na passada semana, o peso desta despesa no conjunto do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 27,5 por cento, em 1999, para 27,3 por cento, em 2000. Em 1996, este indicador tinha atingido os 28,4 por cento do PIB.
O mesmo relatório assinala que Portugal e Espanha estão entre os estados-membros que menos gastam nesta área, atingindo apenas 60 por cento da média comunitária. Pelo contrário, o Luxemburgo gastava com cada habitante 150 por cento da média da UE e a Dinamarca 126 por cento. Os cálculos foram efectuados em unidades de poder de compra, método que tem em conta as diferenças de nível de vida entre os países.
Em 2000, a parte desta despesa em relação ao PIB era de 32,3 por cento na Suécia; 29,7 por cento, na França e 29,5 por cento, na Alemanha. Do lado oposto estão países como a Irlanda (14,1%) e a Espanha (20,1%) que destinam uma fatia menor do PIB a esta categoria.
Entre 1996 e 2000, Portugal registou um aumento das despesas com a protecção social que passaram a representar 22,7 por cento do PIB, contra 21,2 por cento em 1996, valor que ainda assim fica longe da média comunitária (27,3%).