A Organização Regional do Alentejo do PCP está a preparar a sua 2ª Assembleia, que se realizará no dia 9 de Março e contará com a participação de quatro centenas de delegados e igual número de convidados, informa em nota à comunicação social a Direcção Regional do Alentejo.
A Assembleia, que conta com a presença de delegações do Partido Comunista de Espanha e Regiões Autónomas de Andaluzia e Estremadura, e terá a participação do secretário-geral do Partido, Carlos Carvalhas, tem como objectivos apreciar e votar o Projecto de Resolução Política - documento aberto às alterações que venham a resultar da discussão em curso nas várias organizações -, apreciar um estudo sobre a realidade sócio económica do Alentejo e eleger a nova Direcção Regional do Alentejo.
O Projecto de Resolução Política subdivide-se em seis capítulos, o primeiro dos quais aborda de forma sintética a evolução verificada no Alentejo desde a 1ª Assembleia e avança alguns indicadores que caracterizam a grave situação da região no plano económico e social, assumindo, ainda, o facto de a organização não ter conseguido inverter ou travar a perda de influência que o Partido tem vindo a sofrer, malgrado o bom trabalho desenvolvido em defesa do bem estar e desenvolvimento da região.
O balanço de actividade que é feito num outro capítulo mostra, na opinião da DRA, que ela não tem paralelo com a de qualquer outra força política na região e que, apesar das deficiências e debilidades da organização, o PCP no Alentejo continua a ser «um grande forte e dedicado colectivo partidário, com quem as populações podem continuar a contar».
No capítulo do documento de se refere à luta de massas - determinante para a defesa dos interesses dos trabalhadores -, são apontadas linhas de trabalho para a acção dos comunistas com vista ao reforço da sua presença nas diferentes estruturas do movimento operário e popular.
Reforçar a organização
O trabalho dos comunistas em conjunto com outros democratas nas várias instituições, nomeadamente nas autarquias, Regiões de Turismo, Assembleia da República e Parlamento Europeu, é apreciado num outro capítulo que, valorizando embora o que esse trabalho tem de muito positivo, se preocupa em inventariar dificuldades e deficiências e avançar com um conjunto de medidas e orientações para as superar.
O reforço da organização, da estrutura e funcionamento do Partido na região merecem atenção especial no documento colocado à apreciação dos delegados, na medida em que «da implementação de muitas medidas e orientações avançadas depende, em grande parte, o sucesso da acção dos comunistas na região».
O último capítulo - «Alentejo com futuro» - expressa algumas linhas que a DRA considera essenciais para arrancar a região do atraso e subdesenvolvimento para que tem sido remetida pelas políticas dos sucessivos governos do PS e PSD.
Quanto à proposta de composição da nova DRA, ela concilia «experiência, conhecimento e capacidade de análise política» com «um elevado grau de disponibilidade e capacidade executiva, equilibrada sob o ponto de vista da presença das quatro organizações regionais do Alentejo, «traduz a natureza e composição do Partido», «assegura uma profunda renovação» e «um significativo rejuvenescimento» e «reforça o número de mulheres».