O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, decidiu adiar a o referendo sobre a adesão da Grã-Bretanha ao euro, mesmo que o resultado dos testes de convergência económica, esperado em Junho, seja positivo.
A notícia foi avançada pelo The Independent, na segunda-feira, dia em que o Financial Times publicou uma sondagem mostrando que os grandes patrões britânicos são maioritariamente contra a moeda única, ao contrário de 1997 em que 70 por cento se mostravam favoráveis.
A reticência dos britânicos, que sempre se opuseram na sua maioria ao abandono da libra esterlina, e os riscos de uma guerra no Iraque levaram o chefe do governo a adiar um eventual referendo sobre o euro para 2004, escreve o The Independent.
O primeiro ministro, que fez da adopção da moeda única um dos seus grandes objectivos do seu segundo mandato, deseja organizar uma consulta popular antes do final da legislatura, ou seja até 2006.
No próximo mês de Junho, o ministro das Finanças, Gordon Brown, deverá anunciar se a adesão ao euro interessa à economia britânica, com base nos resultados de cinco testes de convergência. Em caso de resposta positiva Blair deveria, conforme prometeu, consultar os britânicos sobre a matéria.
Entretanto, e pela primeira vez, um estudo realizado junto de 164 ou directores-gerais das maiores empresas do país, indica que 50 por cento dos dirigentes questionados são contra a moeda europeia.