Os representantes patronais alemães recusaram um aumento dos salários da função pública em três por cento para os próximos 18 meses, numa reunião realizada na noite de domingo. Em resposta, a central sindical Ver.di adiantou que poderá convocar uma greve no sector se as negociações voltarem a fracassar.
Os nove representantes do Estado federal, dos Estados regionais e das comunas rejeitaram uma proposta que previa um aumento de 2,4 por cento em Janeiro e um segundo aumento de 0,6 por cento em Janeiro do próximo ano. Esta proposta foi apresentada pela comissão de conciliação sobre os aumentos salariais para a função pública, a funcionar desde 28 de Dezembro.
Os representantes patronais contrapõe uma actualização de 2,1 por cento, em duas fases de 0,9 e 1,2 por cento, argumentando com o défice público. Os sindicatos – que representam os cerca de 3 milhões de funcionários públicos alemães – tinham aprovado a proposta apresentada pela comissão.
Estava marcada para ontem uma nova reunião entre os representantes da central sindical Ver.di e os delegados dos Estados e das comunas, em Potsdam. Os jornalistas alemães garantem que a paralisação, a realizar-se, terá adesões elevadas.