Adubos
Portugal diz
que fecha este ano
A decisão de encerrar em Novembro ou Dezembro as instalações produtivas e os serviços da Adubos Portugal, no Barreiro, está a ser comunicada verbalmente aos trabalhadores. A administração (grupo Mellos e Sapec) invoca a necessidade de reduzir custos e o facto de possuirem outra empresa do ramo em Setúbal.
A denúncia foi
feita, em comunicado aos trabalhadores e à população, pelo
organismo de direcção do Sector Químico, da organização
concelhia do PCP, que expressa preocupação quanto aos mais de
130 postos de trabalho actualmente existentes e quanto aos
direitos dos trabalhadores no futuro próximo. «Aquilo que se
ouve é que alguns, poucos, trabalhadores iriam ser transferidos
para Setúbal, mas com retirada de direitos, e os restantes
serão forçados a rescisões dos contratos
despedimentos», dizem os comunistas do sector químico
barreirense.
No comunicado refere-se que a vida comprovou a razão do PCP, ao
alertar, na altura da privatização da Quimigal Adubos, para as
consequências que teria ao nível do aumento do desemprego e do
maior empobrecimento de muitas famílias. «Toda esta situação
foi criada por um governo do PS, favorecendo os grandes grupos
económicos nacionais e internacionais, e que anda por aí a
dizer que "Portugal está em boas mãos"», acusa-se no
comunicado, prevenindo que «hoje é a Adubos Portugal, amanhã
poderá estar outra empresa na calha para o encerramento».
Os comunistas reafirmam a necessidade de lutar e resistir, em
defesa dos postos de trabalho e dos direitos, contra esta
política, «como têm feito até agora os trabalhadores do
sector, apoiados pelo PCP, como sempre».