Ultraperiféricas
O
direito ao desenvolvimento
As jornadas sobre as regiões ultraperiféricas da UE, organizadas pela Esquerda Unida Canária com o apoio do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica do PE, realizaram-se nos passados dias 5 e 6 de Fevereiro em Las Palmas de Gran Canária e em Santa Cruz de Tenerife.
Nas várias mesas
redondas participaram os deputados europeus Pedro Marset e Angela
Sierra (Esquerda Unida), Honório Novo (PCP), Segundo Martínez,
coordenador da Esquerda Unida Canária, Edgar Silva, coordenador
do PCP/Madeira e José Decq Mota, coordenador do PCP/Açores.
Subordinadas ao tema «As regiões ultraperiféricas e o
príncipio da coesão social», as jornadas decorrem em
colóquios muito participados, que tiveram lugar em instalações
das duas cidades, onde ainda se realizaram encontros com a
comunicação social.
As regiões ultraperiféricas da União Europeia são hoje
formadas pelas Açores, Madeira, Canárias e os departamentos
franceses do ultramar. São um conjunto de territórios que
mantêm um estatuto especial no seio da UE, em função de
diferentes condicionamentos geográficos, políticos e
económicos, de que resultam numerosos problemas sociais
(elevadas taxas de desemprego, baixos rendimentos, entre outros)
e ambientais.
Tendo em conta os custos da insularidade e a Agenda 2000, as
jornadas chamaram a atenção para a necessidade de se tomarem
medidas especiais, para além das que são próprias das regiões
de objectivo 1, bem como para a urgência de desenvolver o
estatuto das regiões ultraperiféricas, introduzido no Tratado
de Amsterdão.
Por outro lado, foi sublinhada a necessidade de dar maior
visibilidade na União Europeia aos problemas dos arquipélagos
atlânticos, assim como de lhes ser claramente reconhecido o
direito das economias de se desenvolverem de acordo com as suas
aptidões.