Algarve
Investimento público ignora região


«Quatro anos após a vitória eleitoral do PS», o Algarve permanece dependente da actividade turística e da venda se serviços, tendência que «as opções que começam a delinear-se face ao III Quadro Comuntário de Apoio» prometem acentuar.

O Plenário da Direcção da Organização Regional do Algarve do PCP, que reuniu na sexta-feira passada, afirma ainda que a economia regional e nacional «continua ser ver definido um quadro de especificidades que garantam a sua competitividade» e sem «uma nova obra de vulto no plano das infaestruturas».
A auto-estrada está prometida para o ano 2002, a conclusão da Via do Infante até Lagos marca passo, a Barragem de Odelouca e os melhoramentos no IC 27 continuam por fazer. Por outro lado, o porto comercial de Faro continua a aguardar obras de modernização e não foi construída nenhuma infra-estrutura portuária de apoio à pesca artesanal, prossegue o PCP, considerando que, mais uma vez, o Algarve foi preterido na aplicação de investimentos públicos nacionais e comunitários.
No plano do emprego, os índices de desemprego continuam elevadíssimos na época baixa, penalizando sobretudo mulheres e jovens e as desigualdades sociais acentuam-se, fruto de uma política que penaliza quem trabalha por conta de outrém e protege a concentração da riqueza e do por económico.
Porém, «o descontentamento, a decepção e a insegurança» gerados por esta política levaram também ao aparecimento de «uma força social relevante» que o PCP pretende mobilizar para uma opção de luta e de voto no sentido do reforço da CDU.
Assim, o Plenário da DORAL, tendo em vista os próximos actos eleitorais, decidiu a realização de um vasto conjunto de reuniões, apontando «uma linha de abertura e de rejuvenescimento» e uma «presença de relevo» de mulheres e jovens para as candidaturas a apresentar pelo PCP no quadro da CDU.


«Avante!» Nº 1315 - 11.Fevereiro.1999