Ampla frente democrática avança no Brasil

Após as eleições presidenciais no Brasil, dirigentes sindicais afirmaram que a unidade dos trabalhadores é o caminho para lutar contra o corte de direitos laborais e sociais.

A Central de Trabalhadores do Brasil (CTB), a Força Sindical e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) consideram a eleição de Jair Bolsonaro o aprofundamento do golpe de 2016 que derrubou Dilma Rousseff e inaugurou «uma era de retrocesso». Face à ameaça de aprofundamento da agenda neoliberal em curso, a classe trabalhadora deve organizar a resistência e actuar para que seja consolidada uma «ampla frente democrática».

Também no plano parlamentar avança a convergência democrática. Os líderes do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Partido Socialista Brasileiro (PSB) e Partido Comunista do Brasil PCdoB na Câmara dos Deputados anunciaram que os três partidos terão uma actuação conjunta na oposição ao futuro governo. O grupo terá um total de 69 parlamentares e procurará acções conjuntas com outros partidos na oposição ao governo de Bolsonaro, como o Partido dos Trabalhadores (PT), com 56 deputados.

Entretanto, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, criticou a designação de Sérgio Moro para ministro da Justiça, com poderes reforçados. O até agora juiz federal foi o responsável pela perseguição e prisão do ex-presidente Lula da Silva, impedindo-o de se candidatar, quando todos os estudos de opinião o apontavam como favorito.

«Moro afastou Lula do jogo para eleger o seu candidato, que agora o premeia», denunciou a líder do PT na sua conta no Twitter, acrescentando que a escolha do juiz para um ministério prova a fraude, prova que o juiz nunca foi imparcial.




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