Moita divulga legado de Álvaro Cunhal
A Câmara Municipal da Moita iniciou no sábado o seu programa próprio de comemorações do centenário do nascimento de Álvaro Cunhal com a inauguração de uma exposição com os desenhos e pinturas feitos na prisão, que está patente no Fórum Cultural José Manuel Figueiredo. Na sua intervenção, perante mais de uma centena de pessoas, o presidente do município, João Lobo, considerou ser «nosso dever, enquanto cidadãos, estarmos atentos à ofensiva que está em curso, analisarmos, debatermos, procurarmos soluções» e, seguindo o exemplo de Álvaro Cunhal, «nunca desistirmos de lutar por aquilo em que acreditamos para a construção de uma sociedade mais justa, uma sociedade liberta da exploração do homem pelo homem».
O autarca salientou ainda a «actividade multifacetada» de Álvaro Cunhal e o desejo do município de, com o seu programa, contribuir para que o seu legado seja de conhecimento mais generalizado. As comemorações constam de colóquios e conferências, exposições, sessões de cinema, e terão também expressão nas escolas. A primeira conferência teve lugar em seguida, com o escritor Domingos Lobo a analisar a obra literária de Álvaro Cunhal, sob pseudónimo de Manuel Tiago.