Greve parou o sector portuário
Em resultado da grande adesão dos trabalhadores à greve no sector portuário, ficaram parados, na terça-feira, vários portos, com destaque para Lisboa, Setúbal, Aveiro, Sines, Figueira da Foz, Viana do Castelo e Caniçal.
A paralisação foi convocada pela Frente Comum Sindical Marítimo-Portuária (que integra um sindicato filiado na Fectrans/CGTP-IN), em protesto contra o Regime Jurídico do Trabalho Portuário apresentado pelo Governo, considerado contrário aos interesses do País e dos trabalhadores.
A federação decidiu apoiar activamente esta luta, confiando que «a unidade dos trabalhadores portuários e marítimos será determinante, para derrotar esta ofensiva do Governo, tal como aconteceu em lutas anteriores».
A luta contou igualmente com o apoio e solidariedade de sindicatos congéneres de outros países europeus, alguns dos quais se fizeram representar no plenário de trabalhadores que teve lugar em Sines, durante a greve.
Cerâmica
de Valadares
No plenário realizado terça-feira de manhã, os trabalhadores da Cerâmica de Valadares decidiram «reocupar os seus postos de trabalho, parando, contudo, a actividade da empresa, salvaguardando assim que o fruto do seu trabalho não desapareça, como tem vindo a acontecer» - refere o Sindicato da Cerâmica do Norte, da CGTP-IN. «Nenhuma forma de luta está posta de parte pelos trabalhadores», afirma-se na nota enviada à comunicação social, recordando o sindicato que «a prova da sua determinação, união e força já foi demonstrada no passado, está a ser no presente e será no futuro».