Greve parou o sector portuário

Em resultado da grande adesão dos trabalhadores à greve no sector portuário, ficaram parados, na terça-feira, vários portos, com destaque para Lisboa, Setúbal, Aveiro, Sines, Figueira da Foz, Viana do Castelo e Caniçal.

A paralisação foi convocada pela Frente Comum Sindical Marítimo-Portuária (que integra um sindicato filiado na Fectrans/CGTP-IN), em protesto contra o Regime Jurídico do Trabalho Portuário apresentado pelo Governo, considerado contrário aos interesses do País e dos trabalhadores.

A federação decidiu apoiar activamente esta luta, confiando que «a unidade dos trabalhadores portuários e marítimos será determinante, para derrotar esta ofensiva do Governo, tal como aconteceu em lutas anteriores».

A luta contou igualmente com o apoio e solidariedade de sindicatos congéneres de outros países europeus, alguns dos quais se fizeram representar no plenário de trabalhadores que teve lugar em Sines, durante a greve.

 

Cerâmica
de Valadares

No plenário realizado terça-feira de manhã, os trabalhadores da Cerâmica de Valadares decidiram «reocupar os seus postos de trabalho, parando, contudo, a actividade da empresa, salvaguardando assim que o fruto do seu trabalho não desapareça, como tem vindo a acontecer» - refere o Sindicato da Cerâmica do Norte, da CGTP-IN. «Nenhuma forma de luta está posta de parte pelos trabalhadores», afirma-se na nota enviada à comunicação social, recordando o sindicato que «a prova da sua determinação, união e força já foi demonstrada no passado, está a ser no presente e será no futuro».




Mais artigos de: Trabalhadores

Na <i>Cerâmica</i> e na rua

Com tenacidade e firmeza, os trabalhadores da Cerâmica de Valadares retomaram os protestos com impacto público, para exigirem o pagamento dos salários de Maio e Julho e do subsídio de férias.

Inspecção desvalorizada

A reestruturação da Autoridade para as Condições do Trabalho «integra-se numa estratégia de progressiva desvalorização do papel da Inspecção do Trabalho», também presente na revisão das leis laborais.

Fenprof mobiliza professores

O Governo colocou-se «em confronto aberto com os professores», quando decidiu eliminar 25 mil postos de trabalho, com graves consequências para os docentes e para as escolas, acusou a Fenprof.

Corte ilegal na <i>Luís Simões</i>

Se alguém assinou algo que leve a uma redução da retribuição, isso não tem qualquer suporte legal e deve ser repudiado pelos trabalhadores», realçou a Fectrans/CGTP-IN, comentando a intenção da transportadora Luís Simões de diminuir a...

Agosto de greve na <i>Portway</i>

A realização das greves de 24 horas, nos dias 15, 17 e 31 de Agosto, e das greves ao trabalho suplementar, em todos os demais dias desta quinzena, abrangendo todo o serviço da Portway, foi confirmada segunda-feira pelo Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos. A...

CM Lisboa arquiva processos

O vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa assumiu perante os sindicatos da CGTP-IN o compromisso de que vão ser arquivados os processos disciplinares que visaram cerca de oito dezenas de trabalhadores da Limpeza Urbana, nas garagens dos Olivais. A instauração dos processos, por aqueles...

APG questiona promoção

Contra «restrições só para alguns» pronunciou-se a direcção nacional da Associação dos Profissionais da Guarda, que tomou conhecimento «com perplexidade» da promoção do 2.º comandante-geral da GNR, oficial do Exército em...