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A xenofobia não tem função ideológica:é um instrumento de classe

Esta indignação contra a ignomínia é lírica e comovente, mas convém recordar que a xenofobia, brandida pela enésima vez em França, não tem função ideológica: praticada com intensidade em tempos de crise, com uma eficácia particularmente temível nos países colonizadores (a França já o foi e ainda o é de facto), ela caracterizou o fim da Terceira República, em particular a era Daladier-Reynaud, e insere-se plenamente na luta pelo esmagamento dos salários – quer dizer pela manutenção e até mesmo aumento dos lucros tornado possível pela divisão dos assalariados (entre mulheres e homens, estrangeiros e franceses, jovens e velhos, etc.).

Vale sempre a pena resistir e lutar

O Supremo Tribunal de Justiça sentenciou a Cimpor a reintegrar a dirigente sindical Maria de Fátima Messias, no Centro de Produção, em Alhandra, confirmando a ilegalidade do seu despedimento. «É a prova de que vale sempre a pena lutar», considerou a visada.

A respiração do barro

O que na poesia de Vultos Sequeira mais nos toca, por ser rara, é a pureza, a essência chã de uma voz ainda não maculada pela intertextualidade, pela influência de vozes alheias, contemporâneas ou não, que este discurso poético constrói quase como que uma imanência do olhar e do sentir e essa forma lhe bastasse para nos dar a ver a realidade em estado puro, embora o sentido inquieto e indignado, a justeza que esse olhar abarca e procura, lhe percorram o mais sentido corpo dessa artesanal e ancestral modo de dizer poético.

A xenofobia não tem função ideológica:é um instrumento de classe

Esta indignação contra a ignomínia é lírica e comovente, mas convém recordar que a xenofobia, brandida pela enésima vez em França, não tem função ideológica: praticada com intensidade em tempos de crise, com uma eficácia particularmente temível nos países colonizadores (a França já o foi e ainda o é de facto), ela caracterizou o fim da Terceira República, em particular a era Daladier-Reynaud, e insere-se plenamente na luta pelo esmagamento dos salários – quer dizer pela manutenção e até mesmo aumento dos lucros tornado possível pela divisão dos assalariados (entre mulheres e homens, estrangeiros e franceses, jovens e velhos, etc.).

Vale sempre a pena resistir e lutar

O Supremo Tribunal de Justiça sentenciou a Cimpor a reintegrar a dirigente sindical Maria de Fátima Messias, no Centro de Produção, em Alhandra, confirmando a ilegalidade do seu despedimento. «É a prova de que vale sempre a pena lutar», considerou a visada.

A respiração do barro

O que na poesia de Vultos Sequeira mais nos toca, por ser rara, é a pureza, a essência chã de uma voz ainda não maculada pela intertextualidade, pela influência de vozes alheias, contemporâneas ou não, que este discurso poético constrói quase como que uma imanência do olhar e do sentir e essa forma lhe bastasse para nos dar a ver a realidade em estado puro, embora o sentido inquieto e indignado, a justeza que esse olhar abarca e procura, lhe percorram o mais sentido corpo dessa artesanal e ancestral modo de dizer poético.