Um poeta militante
«Vi de perto. Vi e respirei; a fome do Alentejo nos camponeses que pelas masmorras de Caxias comigo partilharam as grades e o negrume dos dias. Estou a vê-los ainda, nitidez que resiste, debruçados e sôfregos, rentes ao prato de alumínio, colheres batendo apressadas no fundo... Único ruído (proibidas falas e olhos levantados) do silêncio carregado e tenso de nós todos, centenas ao tempo. Refeitório cercado por metralhadoras da GNR prontas a varrer e, lá dentro, vigilância canina de funcionários, braçadeira de serviço, pistola rabo de fora e bala na câmara».
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