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A alma do grande escritor era vermelha

O aniversário da morte de Zola foi comemorado em França com dignidade. Além de sessões públicas que tiveram lugar em todo o país, a exposição na BnF, aberta ao público até ao próximo dia 19, atraiu milhões de visitantes. Em toda a França, Zola foi recordado, não só pela sua obra literária mas como um desassombrado polemista capaz de expor se, totalmente, pelas ideias que defendia e pelas lutas mais justas em que entendia participar. Também em Portugal, este aniversário marcante não passou completamente despercebido. Mas recordemos a maneira como o brilhante escritor que se apaixonou pelas causas das massas de trabalhadores ofendidos era dada a conhecer ao povo no Portugal salazarista.

O grito do anarquismo <br>não consciencializado

O livro de John Holloway começa com um grito. Na última página o autor continua gritando.

Grita em nome milhares de milhões contra a ordem injusta que o capitalismo impõe à humanidade.

Parece sincera a sua convicção de que o protesto, tal como o concebe, será a melhor opção para mudar a vida na Terra.

Mas John Holloway não tem resposta para as angustiantes perguntas que formula. Interroga-se enquanto avança no escuro. A mobilização dos povos é uma tarefa dificílima. Está preocupado porque sem ressonância o protesto, o grito, não funciona. E ele não conhece o caminho, embora sinta algum reconforto por saber que «o caminho é parte do próprio processo revolucionário».

 

Abastecimento de água<br>- um futuro de águas turvas

O futuro que se adivinha para o fornecimento domiciliário de água, bem que todos sabemos finito e essencial, poderá ser bem mais turvo do que gostaríamos e este país necessita.

Prosseguindo uma estratégia precisa e que remonta já a 1993, os diferentes Governos do PSD e do PS têm habilmente conduzido a sua postura no sentido da constituição de um verdadeiro império privado e todo poderoso, a quem se concederá o exclusivo da gestão e da exploração dos sistemas de captação e fornecimento «em alta» da água que se consumirá em quase todo o território.

Precisa‑se de Misericórdia nas Santas Casas...

A Santa Casa da Misericórdia foi criada tendo em vista cumprir com obras de misericórdia (espirituais e materiais), ajudando desta forma os mais carenciados, contudo, tem se assistido nos últimos tempos a uma constante falta de misericórdia das direcções deste tipo de instituição para com os seus funcionários.

Uma gota de água no Oceano

Uma abnegada vontade de ultrapassar as dificuldades por puro amor à arte, e o apoio determinado do Município de Almada ao Teatro, são a receita do sucesso da Companhia de Teatro de Almada. A celebrar 33 anos de vida, e na véspera de inauguração de novas instalações criadas pela autarquia, é o momento de fazer um balanço do trabalho. Na companhia desde a primeira hora, juntamente com muitos outros actores e profissionais do espectáculo, hoje consagrados, o director da Companhia, Joaquim Benite, conta-nos como têm sido três décadas de lutas pelo futuro do teatro em Portugal.

A alma do grande escritor era vermelha

O aniversário da morte de Zola foi comemorado em França com dignidade. Além de sessões públicas que tiveram lugar em todo o país, a exposição na BnF, aberta ao público até ao próximo dia 19, atraiu milhões de visitantes. Em toda a França, Zola foi recordado, não só pela sua obra literária mas como um desassombrado polemista capaz de expor se, totalmente, pelas ideias que defendia e pelas lutas mais justas em que entendia participar. Também em Portugal, este aniversário marcante não passou completamente despercebido. Mas recordemos a maneira como o brilhante escritor que se apaixonou pelas causas das massas de trabalhadores ofendidos era dada a conhecer ao povo no Portugal salazarista.

O grito do anarquismo <br>não consciencializado

O livro de John Holloway começa com um grito. Na última página o autor continua gritando.

Grita em nome milhares de milhões contra a ordem injusta que o capitalismo impõe à humanidade.

Parece sincera a sua convicção de que o protesto, tal como o concebe, será a melhor opção para mudar a vida na Terra.

Mas John Holloway não tem resposta para as angustiantes perguntas que formula. Interroga-se enquanto avança no escuro. A mobilização dos povos é uma tarefa dificílima. Está preocupado porque sem ressonância o protesto, o grito, não funciona. E ele não conhece o caminho, embora sinta algum reconforto por saber que «o caminho é parte do próprio processo revolucionário».

 

Abastecimento de água<br>- um futuro de águas turvas

O futuro que se adivinha para o fornecimento domiciliário de água, bem que todos sabemos finito e essencial, poderá ser bem mais turvo do que gostaríamos e este país necessita.

Prosseguindo uma estratégia precisa e que remonta já a 1993, os diferentes Governos do PSD e do PS têm habilmente conduzido a sua postura no sentido da constituição de um verdadeiro império privado e todo poderoso, a quem se concederá o exclusivo da gestão e da exploração dos sistemas de captação e fornecimento «em alta» da água que se consumirá em quase todo o território.

Precisa‑se de Misericórdia nas Santas Casas...

A Santa Casa da Misericórdia foi criada tendo em vista cumprir com obras de misericórdia (espirituais e materiais), ajudando desta forma os mais carenciados, contudo, tem se assistido nos últimos tempos a uma constante falta de misericórdia das direcções deste tipo de instituição para com os seus funcionários.

Uma gota de água no Oceano

Uma abnegada vontade de ultrapassar as dificuldades por puro amor à arte, e o apoio determinado do Município de Almada ao Teatro, são a receita do sucesso da Companhia de Teatro de Almada. A celebrar 33 anos de vida, e na véspera de inauguração de novas instalações criadas pela autarquia, é o momento de fazer um balanço do trabalho. Na companhia desde a primeira hora, juntamente com muitos outros actores e profissionais do espectáculo, hoje consagrados, o director da Companhia, Joaquim Benite, conta-nos como têm sido três décadas de lutas pelo futuro do teatro em Portugal.